Maio Amarelo: conscientização para um trânsito mais harmonioso e seguro

Maio Amarelo: conscientização para um trânsito mais harmonioso e seguro

Daniela Veríssimo 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o País com maior número de ansiosos no mundo. E pensando sobre a campanha do mês de maio voltada para um trânsito mais harmonioso e seguro, é importante entender que essa problemática do alto índice de ansiosos, pode afetar diretamente a forma de conduzir o trânsito. Estando consciente dessa interferência, é possível buscar meios de se tratar e prevenir acidentes.

A ansiedade trata-se de um conjunto de emoções caracterizadas por medo e preocupações excessivas com o que pode acontecer no futuro, com pensamentos que antecipam um perigo ou dano que não necessariamente irão ocorrer na realidade.

No trânsito, um certo nível de ansiedade é fundamental para que nos impulsione a respeitar as regras de circulação, ou seja, precisamos da ansiedade para refletir sobre possibilidades de cunho negativo que possam ocorrer para que possamos ter comportamentos protetivos.

Porém, quando a ansiedade passa a ser excessiva, que é classificada como um transtorno, ou seja, a ansiedade patológica, ela passa a “enganar” o cérebro, que percebe perigo onde não existe e não reconhece nossa capacidade de enfrentamento. Ela passa a interferir na atenção e percepção, dependendo da intensidade, pode travar a pessoa, deixando o condutor sem reação.

A dificuldade de concentração, que é algo indispensável para manejar um veículo, pessoas com um alto nível de ansiedade perde o foco facilmente, mesmo que por períodos curtos, o que é o tempo exato para provocar ou prevenir um acidente.

Outro ponto a refletir sobre a ansiedade no trânsito, é que durante a crise a pessoa aumenta o nível de estresse e a impulsividade, o que pode ocasionar um trânsito mais violento, com condutores mais agressivos.

Portanto, se a pessoa está passando por um período de adoecimento, onde apresenta crise de ansiedade patológica, ela pode vir a cometer imprudências ao dirigir. É preciso buscar ajuda profissional para tratar e até mesmo, avaliar os riscos e danos possíveis de se ter certos comportamentos no trânsito.

Lembrando que, o trânsito é feito por cada um de nós e somos responsáveis por ele.

 

Daniela Veríssimo é psicóloga 

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