Luz mais forte

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A volta à normalidade parece cada vez mais próxima. Após longo período com altas taxas, Divinópolis começou a semana com menos de 20% de ocupação em leitos exclusivos para pacientes com covid-19. A Secretaria de Saúde (Semusa) informou, nesta segunda-feira, que as internações pela doença chegaram ao menor nível desde o começo de novembro do ano passado. De acordo com os dados da Prefeitura de Divinópolis, por meio da Semusa, na última semana as internações registraram declínio de 21,42%. “O período com maior número de pacientes no CTI foi de 28 de março a 3 de abril, quando 120 ficaram internadas em decorrência da covid-19”, informou. A vacinação também está em pleno avanço. A Semusa tem reajustado o cronograma de imunização após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar a redução do intervalo entre as doses. Com a mudança, o processo deve se acelerar ainda mais. Até esta segunda, cerca de 180 mil divinopolitanos já tomaram a primeira dose e outros 123 mil a segunda, além de 6 mil doses únicas.

Casas

Tema de repercussão nos últimos dias é a situação da ocupação irregular de residências do “Minha Casa, Minha Vida”. O presidente da Câmara, Eduardo Print Jr (PSDB), se pronunciou ontem, durante reunião ordinária. Ele participou, na segunda-feira, em Belo Horizonte, do encontro com o superintendente da Caixa, bem como outras autoridades políticas. Segundo Print, o banco fará um novo chamamento para que as proprietárias das casas possam se manifestar. Irregularidades, como aluguel e abandono, foram confirmadas. Durante o encontro, definiu-se o prazo de 30 dias para a Prefeitura, por meio dos setores responsáveis, analisar cada casa e orientar as famílias. “Algumas podem conseguir ficar”, citou. O presidente do Legislativo disse que a estimativa é de 150 famílias. “A maior preocupação é não colocar nenhuma família na rua da amargura”, destacou. Ele ainda foi claro ao afirmar que o tema, apesar da comoção, não pode ser resolvido na base do amor e da pena. Os três pilares para a resolução, explicou, devem ser “legalidade, justiça e transparência''.

Repercussão

O tema também foi citado por outros edis. Um deles foi Ademir Silva (MDB), que defendeu as pessoas em situação de vulnerabilidade. “Quem invade residência é que precisa dar um teto para seu filho, para sua esposa, que está desempregada”, citou. Segundo ele, as pessoas “descobriram na invasão um jeito de abrigar sua família”. Como o problema já é conhecido, Ademir cobrou que a Prefeitura já tenha um plano de ação para abrir as famílias, caso elas sejam obrigadas a deixar suas residências. “Se essas pessoas forem despejadas, qual será a ação do governo municipal? Já tem lugar para levar elas?”, questionou. O parlamentar comentou que as pessoas que realmente precisam não conseguirão o financiamento da Caixa e, por isso, o Executivo precisa criar uma solução para o caso. “Não podemos ver os divinopolitanos que precisam de um teto serem jogados na rua”, disse, destacando ideias como o pagamento de um aluguel social às famílias. Eduardo Azevedo (PSC) destacou que a Assistência Social já está mobilizada para prestar todo o suporte necessário para que as pessoas em vulnerabilidade não fiquem sem teto.

Recorrente

O vereador Josafá Anderson (Cidadania) voltou a criticar a lentidão dos processos de desburocratização em Divinópolis. “Vemos uma cidade dando passos para trás”, afirmou. Josafá citou a importância de tomar “atitudes urgentes” para evitar novos retrocessos. “É preciso colocar as coisas para andar”, finalizou.

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