Litro da gasolina tem preço menor que R$ 7 em Divinópolis

Postos de Minas Gerais já se abastecem com descontos de impostos federais

Jorge Guimarães 

Para a alegria de muitos divinopolitanos, a cidade acordou com uma ótima notícia em relação aos preços da gasolina e do etanol praticados na cidade. Os preços dos  produtos estão ficando mais baratos, conforme apurado pela reportagem na manhã de ontem. Em um posto da região dos shoppings, o litro da gasolina era vendido até a última terça - feira, a R$ 7,39, da aditivada a R$ 7,59 e o etanol a R$ 4,89. Na manhã de ontem, com queda de R$ 0,20, os preços eram respectivamente R$ 7,19, R$ 7,39 e R$ 4,69.. A queda em média de R$ 0,20,  conforme apurou a reportagem, se fez presente em outros cinco pontos de vendas, sendo também encontrado em um deles, no bairro Santa Clara, com o preço em R$ 6,99, o mais baixo de todos pesquisados.

Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro), a redução já é consequência do projeto de lei que zera os impostos federais sobre gasolina, álcool e Gás Natural Veicular (GNV). A entidade informou em nota que "os postos de combustíveis de Minas Gerais e de outros estados, como Rio de Janeiro, Paraná e Espírito Santo, já começam a receber gasolina com desconto na parcela dos impostos federais, PIS/Cofins e Cide, que foram zerados pela mesma lei que estabeleceu teto para a alíquota do imposto estadual. O desconto ainda é gradual, já que o repasse depende dos estoques das distribuidoras, mas o governo negocia com o setor uma alternativa para agilizar os cortes nos preços dos combustíveis".

Ainda de acordo com o Minaspetro, o sindicato ainda aguarda o posicionamento do governo de Minas Gerais sobre a questão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A lei aprovada estabelece teto de 17% a 18% da alíquota no preço final do combustível. Em Minas Gerais, o índice é de 30%.

 

Divinópolis

Representantes de vários postos da cidade informaram ao Agora que a queda é em decorrência do recebimento de novos produtos que já vieram com a queda de impostos federais.

— Baixamos R$ 0,20 na gasolina e etanol, portanto nossos preços hoje são R$ 7,19 na gasolina e R$ 4,69 no etanol. Tal queda se deve ao fato do recebimento de nova remessa já com os preços descontados os devidos impostos — detalhou o proprietário de um ponto de venda, Eduardo Junior.

Mas há estabelecimentos que ainda não receberam nova remessa e que ainda estão praticando preços dos estoques antigos.

— Nosso preço da gasolina hoje é de R$ 7,49, porque ainda não recebemos nosso caminhão nesta semana, o que vai acontecer amanhã. A partir do recebimento, devemos baixar entre R$ 0,20 e R$ 0,30, tanto na gasolina como no etanol. Pena que não mexeram no preço do diesel que está muito alto — avaliou o gerente de um ponto de venda, na área central, Osvaldo Junior.

O mesmo aconteceu em outro ponto de venda situado no bairro Manoel Valinhas, onde o estoque ainda era o antigo.

— Só amanhã que vou receber uma nova compra, meu estoque ainda é antigo e minha gasolina está em R$ 7,44 e o etanol em R$ 4,89.  Assim que receber, vou ficar sabendo do valor repassado pela distribuidora para depois verificar quais possíveis descontos na bomba — disse o encarregado do estabelecimento, Luciano Renato da Silva.

Para o engenheiro Peterson Quadros, que anda muito de obra em obra, a medida utilizada por ele é a de pesquisar sempre.

— Para você ter uma ideia, hoje andando por uma avenida central da cidade, num espaço de um quarteirão eu vi gasolina sendo vendida a R$ 7,25 e R$ 7,15. Ainda bem que estava com o tanque cheio e não tive que parar. Temos que ficar atentos aos preços espalhados pela cidade — detalhou.

ICMS

Agora, fica a expectativa sobre a redução por parte do governo estadual em baixar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 30% para 17%. O que daria um fôlego maior para os consumidores.

— Vejo a hora muito propícia para que o governador Romeu Zema (Novo) promova essa redução. Apesar de ser um momento delicado, é ano eleitoral, e isso o ajudaria muito. Vamos torcer para que isso venha acontecer. Agora, em termos de ação do governo federal em cima da Petrobras para manter os combustíveis sem aumento até as eleições, eu acho inviável de acontecer. Na atual conjuntura, a estatal está vulnerável em termos de aceitar uma ação do governo — avaliou o especialista em Finanças, Célio Tavares.

 

 

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