Liberdade

Liberdade 

“A humanidade sempre teve medo de mulheres que voam. Sejam elas bruxas, sejam elas livres.” Voar, talvez esse seja o verbo perfeito para definir as mulheres, que a cada dia alcançam novos voos e vão cada vez mais longe. Mesmo que a sociedade tente impedi-las, colocar limites, atingem cada vez mais as alturas e mostram que o impossível é só uma questão de opinião. Muito mais que uma data, muito além de flores e felicitações, o dia 8 de março é símbolo de resistência. Elas resistem, ano após ano, ataque após ataque, década após década, contrariando tudo e todos. Seguem seus caminhos, livres para ser o que quiserem. Livres para voar, para escolher suas profissões, se serão mães ou não, se estarão casadas ou não. Hoje, não é apenas uma data para textos bonitos nas redes sociais, hoje é um marco, hoje é o dia que elas usam para mostrar sua força, sua garra, sua determinação. Afinal, sobrevivem ao abuso, ao machismo, à violência, ao medo e abrem caminhos, para que as próximas gerações sejam cada vez mais livres, para que as meninas de hoje possam continuar voando no amanhã. 

Nietzsche já dizia: “Nunca é alto o preço a se pagar pelo privilégio de pertencer a si mesmo”. E esse preço elas pagam com muito orgulho, pois nada nesta vida é mais importante do que pertencer a si mesma. Ser dona do seu caminho. Do seu destino. Ser responsável por suas escolhas. Flores, bombons e outros presentes, elas deixam para depois. O que elas querem é respeito. É liberdade. É voar. Sim, o preço é alto, altíssimo, mas, sem sombra de dúvidas, vale “cada centavo”, pois nada  consegue ser maior do que pertencer a si mesma e ter o direito de ser o que quiser. E é justamente disso que a sociedade tem medo, de mulheres que voam. Claro, se o dia 8 de março é um símbolo de resistência, não teria outra forma de comemorar a data se não fosse com o lançamento do prêmio “Mulheres Notáveis”. A premiação é a prova de que elas podem voar, que nada, absolutamente nada é capaz de defini-las ou de colocar limites em seus sonhos. Hoje, é o lançamento oficial do prêmio e o início da votação, e é isso que o Agora quer ver na sociedade. Mulheres se destacando em suas profissões, sendo inspiração, sendo resistência. 

É impossível falar sobre voos altos, sobre pertencer a si mesma, sem citar Simone de Beauvoir: “Que nada nos limite, que nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja nossa própria substância, já que viver é ser livre”. Mulheres livres. Mulheres se destacando. Mulheres premiadas. É isso o que desejamos, é isso que queremos ver todos os dias na sociedade. Que nada as limite, as defina, que elas sejam libertadas de todos os seus medos, de todo preconceito, de toda misoginia, de todo machismo. Que as mulheres continuem livres para escolher seus caminhos, suas lutas, seus destinos. Que elas tenham o privilégio de alçar voos cada vez mais altos, afinal, não há nada mais inspirador do que a liberdade. Que elas continuem resistindo e abrindo caminhos, para as próximas que virão.

 

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