Levantamento aponta alto risco de epidemia de dengue

Os reservatórios com foco da doença encontrados foram tratados com larvicida

Da Redação

O novo Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), divulgado ontem pela Secretaria de Saúde (Semusa), aponta alto risco geral de epidemia de dengue em Divinópolis. O indicador foi de 4,6% e cobre o período de 18 a 22 de outubro, quando 4.958 imóveis foram analisados.

Segundo o parâmetro técnico do Ministério da Saúde, o índice é considerado satisfatório quando atinge até 0,9 %, situação de alerta quando se encontra no intervalo de 1% a 3,9% e indica risco de epidemia quando é igual ou superior a 4%.

 

Queda

Considerando o LIRAa anterior, realizado pela Diretoria de Vigilância em Saúde Ambiental de 8 a 12 de março, quando a taxa de infestação era de 7,52%, o índice atual recuou 38,83%.

No transcurso do novo estudo, 167 bairros foram pesquisados na cidade: 94% dos focos foram encontrados em residências; o restante, em lotes vagos.  Entre as propriedades analisadas pelos agentes de saúde, 228 imóveis com focos foram encontrados.

Das seis regiões de Divinópolis, só duas têm risco médio: Oeste, 2,58%; e Sudoeste, 2,19%. O maior risco confirmou-se na região Norte, 7,30%; seguida pela Nordeste com 6,05%, Central com 5,48%, e Sudeste com 5,13%.

 

Ações

A maioria dos focos foi eliminada pelos agentes de saúde durante a vistoria. Os reservatórios foram tratados com larvicida e serão notificados pela fiscalização de Vigilância Ambiental. Além da vistoria, a Semusa realiza tratamento com fumacê em áreas com altos níveis de infestação.

— Seguiremos comprometidos com a fiscalização de imóveis no município, criando consciência sobre a responsabilidade de cada munícipe de vistoriar, prevenir e eliminar os focos na propriedade — disse o supervisor-geral no controle de endemias, Juliano Cunha, explicando o trabalho do setor, que teve como resultado, somente em outubro, a vistoria de 17.450 imóveis e a eliminação de 504 focos de mosquito.

O Aedes aegypti tem ciclo de vida de sete a dez dias e compreende quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto. A Vigilância Ambiental enfatiza que a população deve contribuir para a eliminação de possíveis criadouros: 10 minutos por semana são suficientes para que o morador caminhe pelo quintal observando bebedouros de animais, utensílios para plantas em vasos, reservatórios de água, pneus, ralos e outros recipientes que possam acumular água. Ao interromper o ciclo de vida, o nascimento de mais mosquitos pode ser prevenido.

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