Intolerância política chega ao extremo

Preto no Branco

Inacreditável...

… mas, infelizmente, real. O que se viu neste fim de semana por causa da rivalidade política passa de todos os limites do aceitável e entra para a história vergonhosa do Brasil. Imagens do circuito de segurança mostram o momento em que o policial penal bolsonarista Jorge da Rocha Guaranho invade a festa do guarda Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu (PR),  troca tiros com o aniversariante, que comemorava a data com decoração alusiva a Lula e ao PT. Arruda morreu e Jorge segue internado em estado estável sob custódia da polícia. Boletim de ocorrência da PM descreve que Guaranho tentou invadir o local gritando "mito" e "Bolsonaro", ameaçou "matar todo mundo" e disse que voltaria. Só até este ponto já é possível analisar que não terminaria bem. E foi o que aconteceu. 

Parabéns e...

… morte. Conforme ameaçou, o invasor voltou e a tragédia anunciada aconteceu. Logo depois que os convidados cantaram parabéns, o policial voltou armado e disparou no petista, que reagiu, mas morreu no local. O atirador foi socorrido para o hospital. O ex-presidente Lula chegou a postar mensagem nas redes sociais lamentando as mortes. O Palácio do Planalto se manifestou afirmando não apoiar atos deste tipo em nome do presidente. Até surpreende a resposta, pois não é segredo que é de lá que vem este tipo de exemplo. Não que o outro lado esteja certo, pois também insufla violência quando dá aval para invasão de terra, por exemplo. O que esse povo que age desta forma, e esta geração precisa entender de uma vez por todas, é que não se combate violência estimulando ou praticando violência. Cadê a democracia que é tão apregoada por tantos nesse meio cada dia mais nojento? A verdade nua e crua é que não se tem mais para onde correr neste país, sob o risco de o bicho pegar ou comer. 

Se a onda...

.... pega, corre-se o risco de as eleições 2022 serem uma das mais violentas da história. E, lamentavelmente, tudo caminha para isso. Polarização de duas candidaturas, pessoas violentas inseridas no processo, o não aceitar a derrota e o mais grave: adotar, incentivar e aceitar como normal as práticas violentas. A vitória a qualquer custo, nem que isso custe a vida de inocentes. E olha que o processo para valer ainda nem começou. Que Deus tenha misericórdia deste país e do seu povo. 

 Pressão e... 

… reunião. Após o protesto em Brasília, na última semana,contra a redução do ICMS e, consequentemente, a queda de receita nos municípios, os prefeitos já trabalham em outra frente. A Associação Mineira de Municípios (AMM) vai, agora, pressionar a bancada mineira da Câmara dos Deputados para que seja aprovada a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 122/2015, considerada pelo órgão como "vital para a sobrevivência dos municípios brasileiros". Em nota da associação divulgada neste domingo, o presidente da AMM e prefeito de Coronel Fabriciano, no Vale do Rio Doce, Marcus Vinícius, se reunirá com o líder da Bancada Mineira e da Maioria na Câmara, deputado Diego Andrade (PSD). A cobrança é a garantia de receitas para que os municípios tenham condições de bancar as diversas despesas criadas com impacto financeiro e fiscal. A PEC proíbe a criação ou aumento de despesas para municípios cuja receita não consta na Lei Orçamentária Anual do governo federal. O projeto já foi aprovado em comissões e está para ser votado no plenário da Câmara dos Deputados. O certo é que boa parte dos deputados entendem a situação e até concordam, o problema é eles não são doidos de ir contra seus eleitores em pleno eleitoral. Entre escolher a dificuldade dos prefeitos e suas reeleições, adivinha...

Cobramos e...

… nada. O presidente da AMM se refere à ida a Brasília protestar. A entidade sustenta que, deputados e senadores continuam aprovando pisos e despesas que inviabilizam as gestões das prefeituras e, que, podem gerar cerca de R$ 73 bilhões de prejuízos aos municípios. É fato! Mas, como dito acima, desde que não atrapalhe suas intenções eleitorais, os prefeitos que esperem 2023. Primeiro ano de mandato em que, geralmente, quando se começa a pensar na próxima votação. Ai sim, arrumam todas as formas de resolver as situações pendentes e prometidas. Isso nada mais é do que a política brasileira em ação.

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