Instituição de caridade é vítima de estelionato em Divinópolis

Suspeito recolhia doações sem repassar para a entidade; saiba como se proteger de possíveis golpes.

Anna Flávia Alves 

 

Uma instituição de caridade foi vítima de estelionato no fim da semana passada. A ONG cuida de crianças com transtorno do espectro autista em Divinópolis. De acordo com a Polícia Militar (PM), o suspeito cobrava doações para a instituição de caridade, porém, não trabalhava mais no local e seguia recolhendo os donativos em uma conta particular, sem repassar para a instituição.

 

Diversos recibos com falsificações para a apropriação indevida dos valores foram apreendidos pelo órgão de segurança. A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar o caso.

 

Identificação

 

A fundadora da instituição explica que o suspeito, um prestador de serviço terceirizado, utilizava um recibo desconhecido pela ONG.

 

— Quem deseja doar, nossos mensageiros vão com crachá de identificação da instituição, um recibo todo digital, inclusive com a assinatura digital contida no documento — explica a fundadora.

 

Crime

 

A advogada criminalista Angélica Campos Gontijo explica que a pena para o crime de estelionato pode ser entre 1 e 5 anos, podendo ser ampliada caso a vítima seja idosa, criança, adolescente ou pessoa com deficiência mental.

 

— A ocorrência se trata de crime de estelionato, que significa obter vantagem para si ou terceiros mediante fraude, erro, ou seja, enganando a vítima para que ela acredite estar entregando o dinheiro a quem realmente deveria — explica a advogada. 

 

Ficar atento e checar todas as informações ainda é a melhor ferramenta para se proteger, orienta a especialista. 

 

— Verificar junto às instituições quem serão os mensageiros responsáveis pelas coletas e agendar a coleta também pode inibir a prática da fraude — completa.

 

Cuidados

A Polícia Militar reforça que é sempre importante seguir alguns cuidados para evitar esse e outros tipos de golpes. O primeiro passo é fazer um levantamento sobre a instituição antes de fazer as doações e, se possível, inclusive, visitar pessoalmente o local. A PM orienta ainda que se dê preferência para transferências bancárias, verificando se os dados do destinatário estão registrados no nome ou CNPJ da entidade. 

 

— Preocupe-se em acompanhar se suas doações estão sendo efetivamente aplicadas em benfeitorias que a instituição se propõe a realizar. Não se sinta constrangido em questionar os responsáveis em caso de divergências. Não permita que seus princípios éticos sejam usados contra você por pessoas de má-fé — completa a corporação.

 

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