Incidência de doenças respiratórias triplica, mas vacinação mantém número de mortes estável

Estado envia, na próxima semana, mais testes rápidos aos municípios

Matheus Augusto

Momento delicado. Assim definiu o governador Romeu Zema (Novo) sobre a situação da pandemia covid-19 no estado. Com a variante ômicron, Minas Gerais vê o número de casos confirmados crescer rapidamente, mas, como efeito da vacinação, o índice de letalidade da doença permanece estável. 

— O Estado está fazendo sua parte, mas, se as pessoas não tiverem consciência, a situação não será resolvida. Ainda temos muitas pessoas que não completaram seu ciclo de vacina. A dose de reforço é importantíssima — cobrou.

Durante coletiva na tarde de ontem, Zema e o secretário de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Fábio Baccheretti, apresentaram a atual situação da pandemia no estado.

Pico

Presente da coletiva, o secretário de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Fábio Baccheretti, apresentou os dados da pandemia. Por dois dias consecutivos, o estado bateu recordes de casos confirmados de covid-19. A expectativa é de pico de doenças respiratórias até a próxima semana. 

— Estamos com um aumento na incidência, mas sem aumentar na mesma proporção os óbitos — explicou. 

Com a vacinação, a alta de casos não tem se revertido em mortes.

— Isso mostra como a vacina é eficaz — afirmou.

Em março do ano passado, durante a pior semana da pandemia, mais de 9 mil pacientes estavam internados com Síndrome Aguda Respiratória Grave. Na última semana, eram 1.829 hospitalizações.

— Apesar de termos uma incidência três vezes maior no mesmo intervalo, as internações são inferiores — citou o secretário. 

No entanto, “ainda gera internação, por isso ainda precisamos ter cuidado”, alerta. 

Antes das vacinas, a cada 100 pessoas com doenças respiratórias, três internavam. Hoje, a cada 100, apenas 0,09 precisam ir para Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs).

— Dado muito menor do que vivenciamos no ano passado — observa.  

Mais testes

Durante a coletiva, o secretário estadual anunciou o envio, na próxima semana, de 1,5 milhão de testes rápidos aos municípios.

— Vamos testar fora dos postos, das UPA, para não levar os pacientes com sintomas para as unidades. (...) Quanto mais testar, melhor — orientou.

Vacinação

Em Minas, mais de 37 milhões de doses já foram aplicadas. Acima de 12 anos, 87% dos mineiros já receberam as duas doses; 21% também já receberam o reforço.

— Temos mais de 2 milhões de pessoas que podem tomar o reforço e ainda não tomaram. Temos doses de adultos sobrando no estado — alertou.

 

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