Hora e vez das mulheres

Batendo Bola

 

José Carlos de Oliveira

 

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Hora e vez das mulheres

 

O Time Brasil fez bonito nas olimpíadas de Tóquio, quebrando recordes e alcançando a segunda colocação no quadro geral de medalhas (12º lugar, com 21 medalhas), algo até então nunca atingido pelo esporte brasileiro. Foram sete medalhas de ouro, seis pratas e oito bronzes.

E poderia ter sido melhor se o carro-chefe do Brasil em outras edições dos jogos olímpicos – o vôlei ‒  tivesse tido um bom desempenho. Mas não foi assim ‒ tirando a prata da equipe feminina, o vôlei brasileiro deixou a desejar no Japão, no seu pior resultado em mais de duas décadas.

 

Foto: Divulgação

 

Rebeca Andrade colocou o Brasil no lugar mais alto do pódio na ginástica artística

 

Destaques

 

A força e a maior emoção dos jogos olímpicos pelo lado brasileiro ficou mesmo para a atuação das mulheres, que em Tóquio ficaram com 42,3% do total de medalhas conquistadas pelo Brasil – em esportes individuais e coletivos –, com 9 das 21 medalhas, sendo três ouros, quatro pratas e dois bronzes, e foram responsáveis por momentos de emoção dos torcedores durante as duas semanas de disputas, principalmente no skate, com Rayssa Leal, e na ginástica, com Rebeca Andrade.

 

Foto: Divulgação

 

A ‘fadinha’ do skate, Rayssa Leal, encantou os brasileiros

 

No futebol

 

O time masculino de futebol repetiu o feito de 2016 e ficou com o ouro em Tóquio, mas as meninas do Brasil ficaram pelo caminho e muito deve ser feito para melhorar o resultado na França, em 2024. Chegou ao fim uma era, na qual Marta, Formiga e Cristiane eram os principais nomes do time. Agora, sem elas, a técnica sueca Pia Sundhage terá mais tranquilidade para implantar seu modo de trabalho, sem ficar presa à obrigação de priorizar este ou aquele nome.

 

Foto: Divulgação

 

Chegou o fim da era Marta

 

Críticas sim

 

E que não me venha a turma do deixa disso chiar e pedir menos críticas para Marta e cia., pois a grande verdade é que elas ficaram devendo. Tiveram bons momentos, sim, mas estão longe de ser as “deusas” que julgam ser. Entre erros e acertos, elas mostraram bem menos do que se imaginam.

 

Igualdade

 

E podemos esperar mais do esporte feminino em 2024. Com os organizadores das olimpíadas de Paris já anunciando que a distribuição de vagas será em igualdade entre homens e mulheres, com 50% para cada, já se pode imaginar o que vem por aí. E com as atletas do Brasil em destaque, muitas outras lutarão para participar dos próximos jogos.

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