Heróis sem capa

Heróis sem capa 

O Dia do Médico foi comemorado ontem, 18 de outubro. Assim como em várias outras profissões, sem sombra de dúvidas, foi durante esta pandemia que a humanidade viu a importância desse profissional, do enfermeiro, do técnico em enfermagem e demais trabalhadores da saúde. Foi preciso estar no “olho do furacão” para valorizar cada profissional que se doou intensamente para a missão de salvar vidas. Foi preciso que a humanidade vivesse o caos, o seu pior momento, o seu pior pesadelo para que cada um desses profissionais tivesse a sua importância reconhecida. 

Foi na luta contra o “inimigo invisível” que foi provado que nada adianta se um ser humano não tiver saúde. Foi preciso estar na linha de frente, correndo-se os piores riscos para que todos aprendessem a lição de que não há dinheiro neste mundo que compre saúde e que não existe nada mais importante do que ela. 

Sem sombra de dúvidas, as datas comemorativas que remetem aos profissionais de saúde se tornaram ainda mais especiais após a pandemia de covid-19. Foram eles que se dispuseram a travar esta guerra, sem nem saber de fato o que iriam enfrentar, em nome do amor à profissão, do amor à vida. Ontem foi muito mais que uma simples comemoração, é um marco, é um recomeço, é uma vitória. Têm que ser homenageados não só aqueles que estão aqui, mas também aqueles que partiram lutando  por suas vidas e pela vida do outro. Ontem, a humanidade comemorou o dia daqueles que se dedicam ao outro, que atendem ao chamado sem pensar duas vezes e que são os verdadeiros heróis sem capa. 

Apesar de algumas pessoas não terem absorvido em si os ensinamentos deixados por esta pandemia – talvez demorem a entender – mas o que foi-se vivido de março do ano passado até agosto deste ano deixou profundas marcas em todos. O “furacão” provocou mudanças significativas. E quem conseguiu absorver tudo aquilo que foi ensinado durante o caos com certeza enxerga hoje os profissionais da saúde com olhos de admiração, orgulho e gratidão. 

Ainda não conseguimos mensurar o amor deles pela vida, pela humanidade. Ainda não conseguimos mensurar a dedicação e a coragem que cada um teve diante do pesadelo, diante do incerto. É exatamente por isso que toda homenagem é pequena diante a grandeza daqueles que lutaram e não desistiram em nenhum momento do seu propósito: salvar vidas. Hoje, toda e qualquer palavra se torna pequena diante da grandeza daqueles que se dispuseram a enfrentar o “mal invisível” e a trazer alento e esperança na hora da dor. 

Foi preciso que a humanidade passasse por tudo para hoje ver beleza nas pequenas coisas e ser grata por esta rede sensacional que foi formada por eles, os profissionais da saúde. Hoje, a palavra é gratidão. A todos que lutaram, persistiram, que não desistiram mesmo quando o desânimo, o cansaço, os riscos batiam à porta. A palavra é gratidão a cada um que lutou, e que junto com sua luta levou esperança a cada ser humano. Neste momento, toda e qualquer palavra se diminui diante da grandeza de cada médico e todos os demais profissionais de saúde e cada um que atuou nos hospitais e prontos-socorros e assim continuam, afinal, o vírus ainda não foi embora. 

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