Guarani é punido é aguarda julgamento de recurso para decidir o seu futuro

Acusado de ultrapassar limite de inscrições de atletas, Bugre perde pontos e é rebaixado para a Segunda Divisão

 

José Carlos de Oliveira

O ano de 2021 não foi dos melhores para o Guarani. Sonhando em voltar à elite do futebol mineiro, o Alvirrubro ficou pelo caminho, terminando a fase de classificação do estadual apenas na 6ª colocação – com 13 pontos ganhos, em 4 vitórias, 1 empate e 6 derrotas, com 9 gols marcados e 14 sofridos – e teve que adiar o sonho de voltar ao Módulo I do Campeonato Mineiro por mais uma temporada. 

Mas, se a situação já não era a sonhada, terminou o ano ainda pior. Denunciado por exceder o número de jogadores inscritos para o estadual, o time acabou punido com multa e a perda de três pontos, que o deixou momentaneamente rebaixado para a Segunda Divisão (na realidade a terceira) do futebol mineiro.

Mas, na política, o ano foi de vitórias importantes para o clube de Porto Velho.

 

Entenda o caso

A novela começou com a notícia de infração entregue pelo Aymorés ao TJD-MG, acusando o Guarani de supostamente ter infringido a lei quanto ao limite máximo de 30 inscrições para a disputa do Módulo II 2021, como previa o regulamento da competição. De acordo com o Departamento Jurídico do time de Ubá, o Bugre havia inscrito 27 atletas após nove rodadas disputadas e regularizou mais quatro jogadores para os dois últimos jogos do torneio.

Enzo Dieter Aquino (meia), Breno Nunes Araújo (meia), Luccas Vinicius de Almeida (zagueiro) e Thiago Henrique de Sousa Costa (meia) foram, de acordo com o time de Ubá, os jogadores que fizeram com que o limite de atletas inscritos fosse estourado.

Assim, a Procuradoria do TJD ofereceu denúncia, baseada no artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata sobre a escalação irregular de atletas.

No dia 22 de novembro, o caso foi julgado, e o Guarani punido com a perda de três pontos na tabela de classificação, o que deixou o time momentaneamente rebaixado à Segunda Divisão do Mineiro.

O Alvirrubro entrou com recurso. O julgamento aconteceu na segunda-feira, 20 de dezembro, mas, após empate por 1 a 1, um terceiro auditor pediu vistas do processo, que foi retirado da pauta. 

Agora uma nova data será marcada para concluir o julgamento, mas, independentemente do que venha a acontecer, o caso deve mesmo ir parar no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro.

 

Em compasso de espera

E como não sabe que competição vai disputar no próximo ano, o Guarani termina 2021 em ritmo de espera, para saber para onde ir. O clube não sabe ainda se volta com o futebol profissional no primeiro ou no segundo semestre. O presidente Robson Luis de Camargo garante que irá até a última instância para defender os interesses do clube.

 

Na política 

No campo da política, o Guarani conseguiu grandes avanços, com vitórias importantes na Câmara Municipal, onde, além de conseguir uma verba do orçamento de perto de R$ 500 mil para ajudar o clube, o Bugre ainda teve aprovada lei na Câmara Municipal que o toma Patrimônio Cultural Imaterial do Município de Divinópolis. A legislação, sancionada pelo prefeito Gleidson Azevedo (PSC) no dia 30 de novembro, dá ao clube o direito de receber recursos de outros setores do Poder Público do Município, do Estado e da União.  

 

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