Gleidson faz balanço do primeiro ano de mandato: ‘bastante complicado’

Mesmo com dificuldades, prefeito considera ter feito um bom trabalho e já planeja 2022; UPA, Hospital Regional e Copasa têm futuros incertos

 

Bruno Bueno

O prefeito Gleidson Azevedo (PSC) completa, amanhã, um ano à frente da Prefeitura de Divinópolis. Entre erros e acertos, vídeos polêmicos, revitalização de espaços, imensa conexão popular e outras ações, o chefe do Executivo Municipal elencou seu primeiro ano de mandato como ‘bastante complicado’.

Em entrevista exclusiva ao Agora, Gleidson afirmou que, mesmo com as dificuldades, considerou ter feito um bom trabalho na gestão da cidade polo no Centro-Oeste mineiro. 

— Foi um ano bastante complicado. Pressão 24 horas, questão da pandemia… Mesmo assim eu acredito que tudo que planejamos neste 2021 nós conseguimos executar. O próprio divinopolitano consegue ver que várias ações realizadas eram esperadas há mais de 30 anos — ressaltou.

A conversa, que também será disponibilizada nas mídias digitais do Agora, abordou os pontos positivos e negativos do primeiro ano. Além disso, pendências atuais do Executivo, como a situação da UPA, Hospital Regional e Copasa, não ficaram de fora do balanço feito por Gleidson.

 

Pontos positivos e negativos

O prefeito começou a conversa elencando os pontos positivos e negativos de seu primeiro ano. Para ele, apesar das situações adversas, o amor do divinopolitano pela cidade foi resgatado.

— O pior para mim é a questão da política. Às vezes, quando um vereador ou a oposição interpretou uma ação do Executivo e levou para a população de uma forma mentirosa. Aquilo me deixava nervoso. Algo que me deixou feliz? Tem várias coisas, como por exemplo as praças que foram revitalizadas onde a gente vê as crianças usufruindo. (...) Tudo que a gente pregou na campanha, onde nós pretendemos resgatar o amor do divinopolitano pela cidade, eu acho que conseguimos fazer — apontou.

 

Um dos pontos mais importantes da gestão de Gleidson foram seus vídeos. As publicações nas redes sociais, que alcançam centenas de pessoas, se transformaram no principal meio de comunicação do prefeito com a população.

—  Sobre os vídeos, é um meio que chega rápido e graças a Deus nós temos um grande alcance. (...) Divinópolis nunca teve um prefeito tão próximo do povo igual o Gleidson, tanto que às vezes eu me estressei e saí da zona de conforto por estar tão perto da população — elencou.

 

Situação da UPA

Gleidson não fugiu das polêmicas atuais que preocupam os divinopolitanos. Sobre a situação da UPA, que registrou um aumento de 40% no atendimento de pacientes na última segunda, o prefeito voltou a afirmar que está fazendo sua parte para solucionar o problema.

— Eu canso de falar: a UPA leva uma culpa que não é dela. Qualquer divinopolitano que não tenha um plano de saúde vai para onde? Na UPA. É claro que ela vai ficar lotada. A gente vai mudar a administração, provavelmente em março ou abril já vem uma nova empresa para gerir a UPA. Além do mais, criamos um novo plano de trabalho para trazer mais médicos para a unidade — afirmou.

 

De acordo com o chefe do Executivo, a solução para desafogar o grande atendimento da UPA parte do Hospital Regional (HR). 

— Enquanto não tiver um Hospital Regional funcionando, todo mundo vai para a UPA. A parte da Prefeitura, que é aumentar a atenção primária, a gente está fazendo. Estendemos o funcionamento de cinco pontos de saúde até as 22h. A previsão é que mais cinco postos também sigam este caminho — enfatizou.

 

Hospital Regional e Copasa

Ainda sobre a construção do HR, Gleidson deu novas informações sobre os próximos passos para o término das instalações.

— O Estado nos informou que retornará com o cronograma de obras somente no meio do ano que vem. (...) Não está nas mãos da Prefeitura. Quem determina isso é o Estado. Eu não consigo entender o porquê dessa demora. É o que eu falei do poder público que pode estar acontecendo no Estado. Eles têm o dinheiro para terminar a obra e não terminam — declarou.

 

A situação do contrato da Copasa, que está próximo de ser encerrado, também foi debatida pelo prefeito. Novas informações sobre o caso devem, segundo o político, ser divulgadas na próxima semana.

— Semana que vem vai ter uma notícia boa para o divinopolitano. Eu nunca prometi nada. Que acionem a Justiça. A população vai ter uma resposta positiva por parte da Prefeitura. Provavelmente acontecerá na próxima semana, se Deus quiser — relatou.

 

Expectativa para 2022

Gleidson também afirmou que pretende adotar uma postura mais calma em 2022. No entanto, segundo ele, seu estado de humor depende da oposição e de parte da imprensa local.

— Eu pretendo estar mais calmo no próximo ano. Mas depende da imprensa também, né? Se me criticarem, eu vou cutucar de volta. (...) A oposição também me deixa assim, mas escutem o que eu vou falar: no ano que vem vocês podem vir quente que eu vou estar mais fervendo — pontuou.

 

Por fim, o chefe do Executivo Municipal prometeu melhorias para o próximo ano, mas relatou que o processo não depende só dele.

— A expectativa é que o divinopolitano, se correr tudo bem e se a administração pública funcionar, veja uma melhoria três vezes maior em 2022. Só que infelizmente não está nas minhas mãos. No poder privado a gente muda de um dia para o outro, mas no poder público é mais lento — encerrou.

 

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