Gleidson culpa gestões passadas por buracos: ‘o asfalto deles não vale nada’

Prefeito disse que está priorizando o conserto das ruas afetadas e pediu paciência à população

 

Bruno Bueno

O impacto das chuvas que atingem Divinópolis e região nas últimas semanas chegou às ruas da cidade e piorou ou danificou muitas delas. Moradores de diversos bairros registraram a presença de vários buracos e imperfeições nas principais ruas do município. 

Em entrevista ao Agora na tarde de ontem, o prefeito Gleidson Azevedo (PSC) disse que gestões passadas do Município são culpadas pela situação. Na opinião dele, o asfalto feito por outros prefeitos “não vale de nada”.

— (...) No início do mandato nós começamos a fazer as mantas para pegar os trincados do asfalto. Não fui eu que fiz esse asfalto ruim. O asfalto que fizemos na nossa gestão vai durar 10 a 20 anos, já o asfalto que fizeram na gestão passada não vale nada. O asfalto deles não vale nada. Se você não fizer uma manta para pegar a trinca, o asfalto velho vai abrir — disse.

 

Prioridade

Gleidson informou que, com a situação das chuvas, resolveu priorizar a manutenção dos buracos e deixar de lado a transformação dos asfaltos antigos em asfaltos novos. Ele também pediu paciência para a população.

— A questão é que em um ano você não consegue pegar o asfalto inteiro de Divinópolis e, com as chuvas, as trincas abriram. (...) De outubro pra cá choveu um dia sim e um dia não, agora está chovendo o dia inteiro. Nunca choveu em Divinópolis igual está chovendo nos últimos dias. O secretário me disse que a gente precisa priorizar o tapa-buraco e deixar as mantas de lado para conseguir atingir toda a cidade — afirmou.

A mudança, segundo o prefeito, busca trazer dignidade para as pessoas.

— A gente parou com as mantas e focamos nos buracos para que a população tenha a dignidade de andar. Na hora que a chuva parar e o sol voltar, nós vamos começar a fazer as mantas, vai cortar e fazer tudo bonitinho. Temos que pedir a São Pedro para fechar a torneira — esclareceu.

 

Depois da chuva

O político explicou que a Prefeitura deve voltar com a transformação do asfalto depois que a chuva passar. Alguns locais, segundo Gleidson, já estão na lista de obras.

— Nessas ruas principais, como JK, Brigadeiro Cabral, Magalhães Pinto e Paraná nós vamos tratar o asfalto. Vamos abrir, recortar e vir com uma manta maior. Os outros a gente vai tampando e conforme a gestão for indo a gente vai fazendo. Só que isso precisa de dinheiro. Eles querem tudo, mas toda vez que eu falo de imposto eles acham ruim — elencou.

 

Apesar das fortes chuvas, o serviço de tapa-buraco, conforme Gleidson, não foi paralisado.

— Mesmo com o período chuvoso, eu acho que na segunda-feira nós tivemos dez caminhões atendendo pela cidade. A gente não está parado. O que acontece é que estamos em época de chuva e o asfalto de Divinópolis é ruim. Agora, eu faço um desafio para o divinopolitano: vai nos locais onde colocamos o asfalto da atual gestão e olha se ele abriu — enfatizou.

 

Usina de Asfalto

Uma alternativa para viabilizar a transformação das ruas parte da chegada da Usina de Asfalto, local responsável pela produção do material, em Divinópolis. O chefe do Executivo também comentou sobre a situação.

— A empresa responsável pelo asfalto em Divinópolis é terceirizada. Por isso nós compramos a Usina de Asfalto que vamos licitar dia 14. Às vezes a população acha que se ela chegar hoje, amanhã eu vou recapear a cidade inteira. Isso é a longo prazo. Nós vamos ter a nossa empresa para fazer o asfalto quente e, assim, fazer o tapa-buraco e, futuramente, o recapeamento — ressaltou.

Mesmo com a compra confirmada, Gleidson disse que ainda não há data para o início da produção.

— Nesse um ano de governo, uma coisa que eu aprendi foi não colocar data nenhuma. Não por culpa da Prefeitura, mas pela questão da gestão pública que parece não ter sido feita para funcionar de tão burocrática. (...) Eu acredito que em quatro anos a Usina deve funcionar, mas eu não sei se já vai começar com o recapeamento, porque isso não depende da Prefeitura — concluiu.

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