Furto de fios de cobre prejudica mobilidade urbana na cidade

Em dois anos já foram registradas cinco ocorrências, segundo a Settrans

Da Redação

Os constantes furtos de fios de cobre, material que integra a composição de funcionamento dos semáforos em Divinópolis, têm causado prejuízos à mobilidade urbana do município. Nesta semana, houve registro de uma ocorrência no bairro Niterói. Além do tempo dos agentes, que precisam se deslocar para controlar o trânsito nas regiões afetadas, o crime ainda interfere no orçamento público. 

— O prejuízo, além do financeiro, traz o transtorno para circulação viária, como congestionamento, risco de acidentes, e dificuldades de atravessar a via —  destacou o secretário de Trânsito e Transportes, Lucas Lopes.

Ainda segundo Lucas, o reparo dos equipamentos tem que ser rápido para que o semáforo desligado volte a funcionar. Quanto mais tempo em manutenção, maiores são os transtornos causados na mobilidade.

— Quando um semáforo está desligado, a gente nunca sabe se devemos avançar ou não. Ficamos com medo como motoristas, de acontecer algum acidente e como pedestres também. O risco de batidas e atropelamentos aumenta consideravelmente— disse o motorista Evandro Júnior. 

Conforme a Settrans, nenhuma saída foi encontrada para evitar o furto dos fios de cobre até o momento. 

— A secretaria apenas aciona a Polícia Militar (PM) para registrar o boletim de ocorrência e aguarda que a Polícia Civil adote providências. Em algumas cidades, onde o problema também é frequente, as prefeituras cobrem as caixas de fios com concreto para coibir os furtos— revela 

Último registro

Na cidade são 52 cruzamentos sinalizados com semáforos. Deste número, desde 2021, cinco já foram alvo de criminosos. Nesta semana, na segunda-feira, 27, o alvo foi o sinal do bairro Niterói, no cruzamento da avenida Governador Magalhães Pinto com a rua do Cobre. O equipamento ficou desligado durante várias horas até a manutenção. 

Crime arriscado

O furto de cabos elétricos é uma atividade perigosa, segundo o eletricista Ananias Silva. Quem comete o crime sabe que o risco de acidentes com ferimentos graves, amputação de membros e até mesmo a morte pode ocorrer.

— As redes elétricas, principalmente as subterrâneas, funcionam em altas tensões, mas há alguns cabos que operam com mais de 13 mil volts. Até para manutenção é necessário muito cuidado, imagina se o manuseio foi feito por pessoas sem conhecimento e sem a proteção devida. Com certeza é alto o risco de acidentes muito graves — disse.

Ação da Polícia Civil

Em fevereiro deste ano, a Polícia Civil de Minas Gerais realizou mais uma etapa da “Operação Sinal Vermelho”, que investiga o mercado paralelo de compra e venda de cobre roubado no Estado.

Em Divinópolis, tanto a PM quanto a Civil informaram que investem em ações constantes para coibir esse tipo de furto em galpões de compra e venda de sucatas e ferros-velhos.

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