Frutas apresentam alta

Aumento de 7,3% foi em 2021; estiagem foi decisiva para elevação dos preços

Da Redação

O preço médio dos hortigranjeiros, setor que inclui hortaliças, frutas e ovos, apresentou alta de 7,3% em 2021 no comparativo com 2020, conforme levantamento realizado pelo Ceasa, principal fornecedor da cidade. O quilo comercializado nesse segmento saltou de R$ 2,45 para R$ 2,63. O percentual foi menor que os 10,06% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no acumulado de 12 meses de 2021, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As frutas, com aumento no preço médio de 13%, e os ovos (17,1%) foram os grupos que mais influenciaram a alta geral de hortigranjeiros.

— As condições climáticas adversas, como geadas e estiagem em meados do ano passado, foram decisivas para elevação dos preços das frutas e das hortaliças — informou o chefe de seção de informações de Mercado da Ceasa/Minas, Ricardo Fernandes Martins.

Frutas

Entre as frutas, os produtos que mais contribuíram para pressionar as cotações foram mamão formosa (39,3%); melancia (33,3%); abacaxi (24,1%); laranja-pera (20,9%) e banana-prata (19,6%). Das poucas quedas de preços nesse grupo, vale destacar maçã brasileira (-13,9%); limão-tahiti (12,7%) e pêssego (-7,8%).

 

Hortaliças e ovos

As hortaliças (legumes e verduras) ficaram em média 1,3% mais caras no balanço anual, por causa principalmente de mandioca (88,5%); pepino (32,6%); milho-verde (30,1%); quiabo (25,5%); pimentão (23,4%) e tomate longa vida (18,2%).

Na trajetória inversa, o consumidor pagou mais barato por inhame (-21,7%); cebola (-12,5%); cenoura (-10,3%); moranga híbrida (-9%) e batata (-6,7%).

Já o encarecimento dos ovos em 2021 está ligado, sobretudo, à valorização de insumos utilizados na avicultura.

 

Minerais 

Para a nutricionista Simone Maria de Souza, a opção mais saudável, para uma eventual substituição de algum item,  é manter as hortaliças de cores verdes escuras sempre no cardápio.

— Em tempos de produtos caros temos que procurar sempre pelos produtos de época, os quais  têm preços mais acessíveis. Quanto à substituição de algum item, é bom manter as hortaliças de cores verdes escuras no cardápio do dia, pois elas são ricas em proteínas e minerais. E, no mais, é sempre variar a dieta entre folhas verdes e outros condimentos — avaliou.

 

Preços

Em loja de rede de supermercados, ontem, o quilo do pimentão verde era comercializado a R$ 9,99; cenoura vermelha e tomate longa vida a R$ 5,99. Já o chuchu e a batata doce saíam por R$ 4,99, a cebola amarela a R$ 2,99 e a batata a R$ 2,49.

No setor das frutas, o limão era vendido a R$ 3,99, mamão formosa a R$ 7,99 e o havaí a R$ 8,99, a unidade de abacaxi saía por R$ 6,99.

— Só estou comprando no sacolão de meu bairro, ao preço de R$ 3,50 o quilo. Aqui venho só para pesquisar preços — disse a dona de casa Alice Maria Silva

 

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