Frente ampla se mobiliza para definir nomes rumo à Prefeitura
PT afirma não ter pressa na definição de chapas e foca no momento na disputa por vaga na Câmara
Matheus Augusto
O Partido dos Trabalhadores (PT) em Divinópolis ainda não tem candidato a prefeito definido. Atualmente, a sigla foca na definição dos 18 nomes na disputa pelo cargo de vereador. Enquanto isso, PV e PCdoB, que integram a federação do partido, sinalizam apoio à pré-candidata a prefeita, Laiz Soares (PSD). Novas reuniões ainda acontecerão para a decisão conjunta entre os três partidos. No entanto, o primeiro passo foi dado na última sexta-feira em encontro com a participação de várias lideranças.
Alianças
A articulação por uma frente ampla tem crescido. Lohanna e Laiz publicaram uma foto conjunta ao lado dos ex-prefeitos Demetrius Arantes Pereira (PSB) e Galileu Machado (MDB).
— A sexta começou com uma reunião muito importante e proveitosa para a construção de uma Divinópolis do tamanho dos sonhos de cada divinopolitano. De frente ampla, popular, democrática, técnica… a princesa do Oeste — afirmaram.
Frente ampla
Secretária nacional de Finanças e Planejamento do PT, Gleide Andrade, e o presidente municipal da sigla, Manoel Cordeiro, concederam coletiva na última sexta-feira. Na data, o partido discutiu potenciais candidatos a vereadores.
— O PT em Divinópolis está seguindo o calendário nacional. Estamos na fase de discussão da nossa tática eleitoral — explicou.
O entendimento é pela necessidade de uma construção conjunta, assim como foi articulado a nível presidencial em 2022.
— É preciso que haja uma grande unidade, uma grande convergência, de todo o campo progressista de Divinópolis, que vá do centro à esquerda. (...) Estamos buscando uma candidatura neste campo que possa enfrentar os Azevedos — defendeu Gleide.
Entre os nomes avaliados, o do ex-prefeito Demetrius, do ex-deputado federal Jaime Martins e da própria Laiz, além do ex-chefe do Executivo, Galileu Machado. A ideia não é necessariamente um deles ser candidato, mas criar um diálogo para definir qual seria a candidatura de maior potencial e que atenda às diferentes alas políticas.
— Você não forma uma frente ampla em cima de um candidato, mas em cima de um projeto — acrescentou a secretária.
Gleide mencionou, ainda, três pontos fundamentais para o processo de definição:
- Defesa da democracia;
- Identificado com o governo Lula (PT);
- Ter como base o programa do partido.
— Esperamos que junto com todos esses partidos e personagens importantes para Divinópolis a gente possa convergir num único nome para enfrentar e derrotar o retrocesso que hoje assola Divinópolis — resumiu.
Sem pressa
O presidente municipal do partido, Manoel Cordeiro, revelou que as discussões começaram ainda no ano passado e devem continuar nos próximos meses junto ao PV e ao PCdoB. Com as convenções marcadas para 20 de julho a 5 de agosto, o partido não tem pressa para definir o lançamento de uma candidatura própria ou o apoio a prefeito de outro partido.
O foco, por ora, é definir os 18 pré-candidatos a vereadores.
— Serão os primeiros a fortalecer nossa chapa prioritária — ressaltou.
O objetivo é estabelecer não apenas nomes, mas um ideal de governabilidade para a “recuperação da cidade”.
— O que o PT pode contribuir é apresentar uma chapa de vereadores forte e competitiva. (...) O que está em jogo neste momento não pode ser projetos pessoais, mas o futuro da cidade — frisou Gleide.
‘Soluções’
Na avaliação da petista, Divinópolis é geograficamente estratégica, sendo a capital do “Centro-Oeste”, e conta com forte arrecadação municipal, ou seja, não sofre com problemas de orçamento.
— O governo Lula já transferiu mais de R$ 355 milhões em obras e serviços e nada aparece aqui. (...) É muito dinheiro para você não conseguir ver resultado na vida do povo — comentou sobre a necessidade de mudança da gestão.
Entre os benefícios, Gleide cita o envio de recurso federal para o Complexo de Saúde São João de Deus (CSSJD) para a construção de mais leitos e do anúncio da construção de 482 novas casas populares.
Ela também cobrou melhorias em relação à Saúde e à mobilidade urbana, além de investimentos em outras áreas.
— Nunca o problema é do governo municipal, é sempre jogado para cima, parece uma batata quente. (...) Queremos apresentar soluções e resolver esses problemas — garantiu.
Ainda segundo Gleide, Divinópolis carrega consigo os potenciais, por exemplo, da indústria e do polo educacional, além de ser referência em alta complexidade na Saúde. Ela afirmou já ter, inclusive, conversado com o presidente, que lhe garantiu a implantação do hospital-escola na cidade.
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