Faltou diálogo?

Faltou diálogo?

Mesmo após pedir desculpas por seu linguajar, o prefeito Gleidson Azevedo (PSC) segue sendo criticado por seu comportamento. Na Câmara, a vereadora Ana Paula do Quintino (PSC) disse que o chefe do Executivo tem como calcanhar de Aquiles seu temperamento explosivo. Ana disse reprovar a conduta e alertou: “Não caia nas armadilhas da maldade”. A parlamentar está correta. O assunto é, por si só, digno de discussão e desgaste. A última coisa que o prefeito precisa é atrair para si atenção indesejada, que não acrescenta em nada ao debate. Parte do problema é justamente a falta de divulgação e clareza sobre o assunto, que pegou muitos contribuintes de surpresa. Sobre a questão do georreferenciamento, o edil Flávio Marra (Patriota) também defendeu a importância do diálogo. “O caminho não é brigar, mas sentar com esta Casa e conversar”, destacou. “Não adianta brigar no meio da rua, não vai resolver o problema. Vai resolver no diálogo, na lei”, destacou. Tanto o irmão do prefeito, vereador Eduardo Azevedo (PSC), quanto o líder do governo na Câmara, Edsom Sousa (Cidadania), defenderam o prefeito na questão do georreferenciamento, citando que a responsabilidade do tema cabe à gestão, representada por Galileu (MDB), anterior, que aprovou o projeto. É preciso que, nesses casos, de projetos de complexidade maior e que atinjam a população em geral ‒ e não apenas nichos ‒, a Prefeitura se articule antecipadamente com os vereadores para esclarecer o tema, evitando que o assunto cresça desproporcionalmente, deixando o prefeito sem controle sobre o debate e deixando brechas para informações falsas. 

 

Alerta

A saúde continua agonizando em Divinópolis. De um lado, a preocupação com a baixa procura por vacinas contra covid-19. Do outro, o alerta com a lentidão no processo de transferência hospitalar, a superlotação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Padre Roberto e a fila de cirurgias eletivas. Ontem, na Câmara, o presidente da Comissão de Saúde, Zé Braz (PV), fez o alerta:A situação está, a cada dia, mais grave. (...) Pacientes estão ficando sequelados com a demora nos atendimentos”. O aviso vem sendo feito no Legislativo há semanas. Em sequência, Israel da Farmácia citou outro problema: pessoas que recusam vagas em outras cidades. “Várias pessoas que estão internadas, quando conseguem a vaga, não querem." Segundo ele, apenas neste mês de dezembro, sete pacientes assinaram termo de recusa de leito em outro município. Josafá Anderson citou, ainda, a importância de, para desafogar a rede de urgência e emergência, fortalecer a atenção primária, que, em suas palavras, encontra-se com déficit humano e estrutural.

 

Câmara entra na reta final

Nada mais nada menos que nove projetos estavam na pauta da Câmara, na tarde de ontem. O número é superior à média geral do ano, que costuma ter de três a quatro proposições em pauta. O presidente da Mesa Diretora, Eduardo Print Jr (PSDB), já havia adiantado que, nas próximas reuniões, o intuito é votar cerca de 60 projetos, desde que haja os pareceres necessários. O objetivo é encerrar o ano, antes do recesso parlamentar, sem pendências ou projetos em fila, dando tranquilidade para que o Executivo possa avançar em seus objetivos. Com isso, a expectativa é realizar a última reunião ordinária da do primeiro ano da nova legislatura no próximo dia 14. Caso seja necessário, uma extraordinária pode ser convocada, talvez na semana posterior ao Natal. O processo é comum e visa dar andamento às proposições de maior importância para o Executivo e o Legislativo, pois, quanto mais cedo forem aprovadas, mais rapidamente podem gerar impacto.










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