Falha no sistema da SRE quase culmina em protesto na Câmara

Possível fechamento assustou professores e pais de alunos

 

Da Redação

Professores, outros profissionais e pais de alunos comemoram o fato de a Escola Estadual Sagrado Coração não ser mais fechada. Na manhã desta quarta-feira, convites em grupos de WhatsApp para  para uma possível manifestação na reunião da Câmara nesta tarde, deram o que falar na cidade.

O protesto, porém, não acontecerá, já que a falha no sistema que impedia o cadastro da escola na Superintendência Regional de Ensino (SRE), foi resolvida. 

Falha no sistema da SRE

De acordo com as mensagens, a escola teria que enviar dados referentes às demandas do ano escolar de 2024, para a SRE. O prazo de envio destes dados é até esta quinta-feira, 31. Caso contrário, a escola seria fechada. 

No entanto, a diretora da unidade de ensino,  alega que, na tentativa de fazer o cadastramento, uma falha no sistema estava a impossibilitando. Caso o problema persistisse, a escola ficaria de fora da programação do Estado.

Houve ainda notícias falsas  dando conta de que a Prefeitura teria envolvimento na falha para se beneficiar com o prédio. O que foi  desmentido prontamente pelo Executivo, alegando que as mensagens se tratavam de ‘fake news’. 

O protesto

O fato é que a temática já se arrastava por semanas e mais uma vez, tomou conta dos comentários nas redes sociais. 

Na mensagem, os pais de alunos afirmam o envolvimento da secretária de Educação, Andréia Dimas e do prefeito, Gleidson Azevedo (Novo), no caso. 

— Já está tudo combinado, e o prefeito e a secretária estão a favor do fechamento do Sagrado Coração para que eles possam ficar com o prédio da escola e assim passarem a Darcy Ribeiro para lá — declararam os pais. 

Em resposta ao Agora, o Executivo desmentiu.

— Não houve qualquer conversa entre as partes sobre a possibilidade de apropriação da EE Sagrado Coração de Jesus ou da EE Belo Vale — resumiu a Prefeitura. 

Contextualizando 

Os protestos contra o fechamento da escola, localizada no bairro São Luiz em Divinópolis, ocorrem há duas semanas. Segundo os protestantes, a instituição, inaugurada há 50 anos, irá encerrar as atividades no fim do ano.

O Agora apurou na semana passada que o rumor é que os alunos serão transferidos para a Escola Estadual São Vicente e o prédio será repassado para a Prefeitura, que aglutinou o Cmei Maria Dalva e a Escola Darcy Ribeiro no local.

Uma das protestantes, Adriana Reis, relatou os motivos que desencadeiam nesta série de protestos. 

— O que a gente não entende é porque vão tirar os alunos que estão ambientados aqui no Sagrado Coração e levar para uma outra escola, que tem menos alunos. E ainda vão tirar a única escola pública que atende crianças menores em Niterói e trazer pra cá. Ou seja, só vão dificultar a vida de todo mundo — disse. 

Posicionamento do Executivo

Em nota também na semana passada, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) disse repudiar as informações e garantiu que não há articulação entre as redes municipal e estadual para viabilizar a proposta.

— Importante frisar que a rede municipal possui um sistema de cadastramento escolar e de estudo do fluxo que orienta todo o planejamento do atendimento aos estudantes matriculados nas suas unidades escolares — afirmou.

A posição do Executivo não se alterou com as novas repercussões. 

— Ao contrário do que se veicula, não há intenção de fechar nenhuma unidade escolar da rede municipal, pois além do atendimento à educação infantil ser de responsabilidade do município, há uma intenção política educacional em continuar expandindo o atendimento a esta etapa de ensino. — detalhou.



 

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