Exposição sobre o Novembro Negro chega ao Centro Administrativo da Prefeitura

Estandes mostram a luta dos negros em Divinópolis

Da Redação

Dentro da programação do Novembro Negro, o Conselho Municipal da Promoção da Igualdade Racial (Compir) e o Movimento Negro de Divinópolis (Mundi), com apoio da Prefeitura de Divinópolis, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Semc) e Secretaria Municipal de Governo (Segov), abriram a exposição “Consciência Negra”, ontem , no hall de entrada do Centro Administrativo. A exposição pode ser visitada, de 8h às 18h, até o dia 30 de novembro.

O ato inaugural contou com presença de Janete Aparecida Oliveira, vice-prefeita e secretária municipal de Governo; Diniz Borges, secretário municipal de Cultura, Fernando Henrique de Oliveira, assessor-especial de Governo; Maicom Marques, gerente de Proteção Social e Benefícios e presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente; Adjanir Santos, presidente do Mundi; e Maria Catarina Laborê, conselheira do Compir pelo segmento Mundi.
 
Os estandes expositivos apresentam a história afro-brasileira, a memória, a cultura, a tradição e a religião e, sobretudo, mostram a luta dos negros em Divinópolis. O destaque é a memória de João Cândido Felisberto, que foi o líder da Revolta da Chibata em 1910 ‒ o motim foi organizado por marinheiros que já não aceitavam receber chibatadas de oficiais brancos como punição. O ato de coragem e a vida do almirante negro converteram-se em símbolo da luta contra o racismo.
  
Entenda a data
 
O Dia da Consciência Negra celebra-se no sábado, 20, em todo o território nacional. A data reúne diferentes ações de combate ao racismo e reacende o debate sobre a chegada dos negros ao país, a escravidão no Brasil e o racismo estrutural da sociedade.
 
A data foi escolhida porque foi o dia da morte Francisco Nzumbi, o Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares no Brasil que lutou contra a escravidão no Nordeste. Ele foi executado em 20 de novembro de 1695 pelas forças do bandeirante português Domingos Jorge Velho
 
A festividade é recordação da importância de refletir sobre a posição dos negros na sociedade. As gerações de afro-brasileiros que se seguiram ao período da escravidão sofreram (e ainda sofrem) preconceito em vários níveis.

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