Exportação aumenta 93% em Nova Serrana

Comparativo se refere ao mesmo período do ano passado

 

Da Redação

Dados obtidos pelo Sindinova junto à Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), entre janeiro e setembro de 2021, mostram que o município de Nova Serrana gerou o montante de $ 14.000.113,00 com a exportação de calçados. A alta é de 93,7%, se comparado ao mesmo período do ano passado.

Ainda de acordo com a pesquisa, as cidades de Nova Serrana, Araújos, Divinópolis, Perdigão e São Gonçalo do Pará obtiveram juntas $ 16.010.752,00 com a venda do produto, uma variação de 88,1% em relação a 2020. Os números confrontados com 2019, antes da pandemia, também são favoráveis a este ano, com uma sinalização positiva de 68,4%.

O presidente do Sindinova, Ronaldo Lacerda, fez uma análise dos dados e acredita que 2021 poderá fechar com o dobro de exportações. Ronaldo frisou também o crescimento do Polo frente aos números apresentados pelo restante do país.

— Eu arrisco dizer que, neste ano, as nossas exportações vão dobrar em relação a 2020. É uma convergência de fatores, tanto as empresas estão se preparando buscando isso, como o mercado, os outros países, estão buscando o Brasil para a importação. Porém, o Brasil não cresceu 88% em relação à exportação do ano passado, o nosso polo cresceu. E esse crescimento é em dólar — apontou.

Dentre os nove meses analisados (em separado), maio e junho foram os que tiveram maior destaque com variações de 301,8% e 352,7%, respectivamente. Outro dado interessante é que os calçados fabricados com material têxtil foram os mais vendidos, com faturamento de $ 11.177.153,00, seguido por plástico/borracha ($ 3.892.975,00) e couro ($ 664.616,00).

 

Núcleo de Exportação

O Núcleo de Exportação do Sindinova, o Exportamais, tem participação no aumento dos índices das comercializações internacionais. Atuando dentro do sindicato desde junho de 2019, o setor foi responsável pelas vendas de 122.063 pares de calçados, o que gerou movimentações de $ 817.300,18, somente neste ano.

No acumulado de junho de 2019 a setembro de 2021, o Núcleo intermediou a negociação de 187.982 pares de calçados e gerou um resultado de $1.195.726,66. Ronaldo explicou a evolução das negociações realizadas por meio do Exportamais.

— É uma direção que está sendo apontada. As exportações representavam, em 2019, 2% das vendas do polo quando começamos com o Núcleo de Exportação. Na época, dizíamos que queríamos chegar a 5%. Se a gente realmente dobrar, vamos chegar a 4%. Já estamos bem próximos à nossa meta. Então, pode ser que no quarto ano do Núcleo de Exportação nós consigamos atingir nossa meta de 5% — disse.

Lacerda falou ainda sobre o comportamento dos fabricantes com a oportunidade de atingir novos mercados.

— Nos dois primeiros anos, o resultado do Núcleo foi pequeno. Já no terceiro, demos um grande salto. O mais importante é quando o Sindicato coloca uma direção, coloca conhecimento e coloca as fábricas para andar naquela direção. Fizemos várias reuniões aqui com os associados para falar sobre exportação, para chamar as fábricas para exportar, para mostrar nossa equipe, as viagens que foram feitas, para mostrar mercado, para mostrar como fazer. E, agora, neste ano, o Núcleo já está sendo sustentável para nós — destacou.

E concluiu: “Importante dizer que exportação não tem ICMS, então a receita de exportação não consta no nosso ICMS, que é só receita nacional”.

 

 

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