Etanol sobe 6,21 % em Divinópolis

Cidade de Formiga é a que tem o maior preço da região

Jorge Guimarães

Os proprietários de veículos sentiram no bolso o preço do etanol subir, a cada semana, durante todo o mês de abril, o que dificulta ainda mais para o consumidor, que já paga, em média, R$ 7 pelo litro da gasolina. Os aumentos vieram diretamente da diminuição da disponibilidade do produto no mercado, o que trouxe um desequilíbrio entre oferta e demanda. Em Divinópolis, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o etanol subiu cerca de 6,21% nas quatro últimas semanas. 

 

Preços

Um levantamento feito pela ANP  em 16 estabelecimentos na cidade constatou que o valor do etanol subiu cerca de 6,21% nas últimas quatro semanas. Conforme as informações apuradas, o custo médio estava cotado, na primeira semana de abril,  em  R$ 5,15 e fechou na última sexta em R$ 5,47, configurando o aumento em torno dos 6%. No mesmo levantamento, foi verificado que o menor preço praticado foi de R$ 5,29 e o maior de R$ 5,59. Na região Centro-Oeste, o valor mais salgado foi encontrado na cidade de Formiga, onde o custo médio do etanol ficou em R$ 5,95, o mais barato em R$ 5,59, e o maior foi de R$ 6,79, chegando quase já nos R$ 7 o litro. 

 

Motivos

A reportagem ouviu profissionais do segmento que apontaram vários fatores, entre eles climáticos, que influenciaram nas altas no decorrer do mês.

— O primeiro é a onda de aumento dos preços que vem desde janeiro pela questão econômica da Guerra etc. Outra questão é a grande demanda. Pois, por causa do valor da gasolina, o cliente prefere abastecer com álcool e os postos, por necessidade, compram mais. Além disso, neste período do ano, sempre tem reajuste no preço pela estação do tempo, que não é favorável à plantação de cana-de-açúcar — avaliou o assessor de uma das maiores redes de postos de Minas Gerais, Luiz Otavio Santos.

 

Já para o gerente de outra rede, Pablo Caetano de Melo, o ritmo de menor produção no campo afetou diretamente no preço final do produto.

— Os usineiros tiveram problemas climáticos, como secas e geadas, envolvendo a colheita da cana-de-açúcar, que é a matéria-prima do etanol. Sendo assim, ocorreu menor oferta, o que pressionou a alta de preços — disse. 

 

Consumidor

Entre tantos aumentos, o consumidor tem que se virar para ver se sobra algo no fim do mês.

— Faço minha pesquisa sempre que vou viajar. Procuro me certificar onde os combustíveis estão mais em conta. E, como meu carro é flex, faço sempre aquela conta básica de dividir o preço do etanol pelo da gasolina, se der acima de 70%, abasteço com etanol, se não der, vamos de gasolina mesmo — avaliou o propagandista de laboratório Roberto Rodarte.  

 

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