Estudo técnico constata viabilidade da PPP de Cidade Inteligente em Bom Despacho

Iluminação pública, telecomunicações e usina de energia podem atrair cerca de R$21 milhões em investimentos ao município

Da Redação

O Instituto de Planejamento e Gestão de Cidades (IPGC Brasil) entregou nesta terça-feira, 8, o estudo de viabilidade e modelagem contratual para projeto de Parceria Público-Privada em Bom Despacho, no Centro-Oeste de Minas Gerais. A proposta de Cidade Inteligente, com tempo de concessão de 25 anos, une três empreendimentos inovadores em um mesmo projeto: iluminação pública, telecomunicações e energia solar. O estudo apontou as vantagens para o município em implementar as demais etapas da parceria.

O projeto será desenvolvido a partir da modalidade de PPP, quando um contrato é firmado entre o setor público, no caso a Prefeitura do município, e a iniciativa privada, que ficará responsável pelo investimento através de concessão administrativa. Com a implantação do projeto em suas três áreas, a cidade irá integrar desenvolvimento sustentável, tecnologia e eficiência dos serviços prestados à população.

Segundo o estudo, a eficientização da iluminação pública na cidade consiste na implementação de lâmpadas de LED (Diodo Emissor de Luz), em 8.660 pontos de iluminação. Essas lâmpadas geram menor custo e maior potencial de luminância, aumentando a sensação de segurança e conforto dos moradores de Bom Despacho. Elas também são mais sustentáveis, pois conseguem transformar quase 100% da energia recebida em luz, possibilitando assim maior economia. Outra característica do LED é a vida útil prolongada, o que permitirá o uso das lâmpadas por muito mais tempo, reduzindo a produção de lixo.

 Já a estrutura de telecomunicações, prevista na PPP, trará ao município mais conectividade. Isso porque Bom Despacho passará a contar com uma rede de dados estável e segura, com disponibilidade de internet via fibra óptica em 50 prédios públicos e 15 pontos de Wi-Fi gratuito à população, além da instalação de 22 câmeras de videomonitoramento por todo o município, tudo em um sistema unificado. Ainda de acordo com o estudo, ao todo, serão instalados no município mais de 36 km (trinta e seis quilômetros) de fibra óptica.

A terceira área contemplada pela PPP de Cidade Inteligente é a produção energética para suprir a demanda de prédios do município. Com a implantação de uma usina de energia solar fotovoltaica, Bom Despacho poderá contar com matriz própria de energia limpa e sustentável. Isso significa uma redução considerável do gasto público com energia elétrica, uma vez que a usina terá 360 kWp de potência nominal.

Projeto inovador

O modelo de PPP de Cidade Inteligente é novidade em Bom Despacho. Em um só contrato, com investimento previsto pelo estudo técnico em 21 milhões de reais, a cidade entra para a lista de municípios que estão investindo em soluções inovadoras para o desenvolvimento local. O município se destaca também pela agilidade com que desenvolveu a etapa inicial da estruturação do programa, já que o acordo de cooperação técnica foi assinado em fevereiro deste ano.

O prefeito Doutor Bertolino salientou a importância do projeto de Cidade Inteligente para a realidade do município.

— Com certeza este projeto fará uma grande diferença para a cidade e para as próximas gerações. Temos certeza que o projeto vai andar rápido, pois Bom Despacho precisa muito disso — destacou.

Pelo Brasil

A PPP de Cidade Inteligente, de autoria do IPGC Brasil, já está transformando a realidade de municípios Brasil afora. Em abril deste ano, dez municípios do Piauí também aderiram à cooperação técnica. No Centro-Oeste de Minas, Carmo do Cajuru já vê o resultado da implantação do projeto com ênfase na iluminação pública. Nova Serrana também já está em fase adiantada de estruturação.

Com a entrega do estudo de viabilidade e da modelagem contratual da PPP, o próximo passo para que Bom Despacho figure entre as cidades inteligentes do Centro Oeste mineiro é a consulta pública. Por meio dela, a comunidade poderá ter acesso aos estudos feitos pelo IPGC e sugerir alterações na proposta.

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