Estudo revela alto risco de epidemia de dengue em Divinópolis

Da Redação

A Prefeitura de Divinópolis, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), divulgou hoje, 23, o primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2023. O estudo revelou situação de alto risco geral de epidemia de dengue no município. O indicador foi de 11,3% e foi realizado no período de 9 a 13 de janeiro, quando 5.014 imóveis foram pesquisados. Considerando o LIRAa anterior, realizado pela Diretoria de Vigilância em Saúde Ambiental em novembro de 2022, o índice de infestação era de 3,7%.

Diante do resultado apresentado, a Prefeitura, através da Semusa - Vigilância em Saúde Ambiental, traça um planejamento com ampla divulgação do plano de ação para prevenção e intervenção para enfrentamento da dengue.

Em 2022, o município registrou 478 notificações de dengue, 299 foram confirmados como positivos. Em 2023, até o dia 20 de janeiro, foram registradas 23 notificações. 

Focos e Regiões

No transcurso do novo estudo, 168 bairros foram pesquisados na cidade e foi constatado que 94% dos focos foram encontrados em residências; o restante (6%), em lotes vagos.  Entre as propriedades analisadas pelos agentes de saúde, 571 imóveis com focos foram encontrados.

Segundo o parâmetro técnico do Ministério da Saúde, o índice é considerado “Baixo Risco de Epidemia” quando atinge até 0,9 %; “Média Situação de Alerta” quando se encontra no intervalo de 1 % a 3,9 % e indica “Alto Risco de Epidemia” quando é igual ou superior a 4%.

A partir deste parâmetro, todas as seis regiões de Divinópolis se encontram no "Alto Risco de Epidemia”. O maior risco confirmou-se na região Nordeste com 17,7%; seguida pela Norte com 14,3% e Central com 14,1%. A região Sudeste obteve índice de infestação de 8,7 %, a Oeste de 7,8% e a Sudoeste de 7,7%. 

A maioria dos focos foram eliminados pelos agentes de saúde durante a vistoria. Os reservatórios foram tratados com larvicida e notificados pela fiscalização de Vigilância Ambiental.


Medidas para a prevenção

Para Francis Sousa, supervisor geral da Vigilância em Saúde Ambiental, as ações de combate à epidemia vêm acontecendo diariamente.

— A Vigilância, através dos agentes, vem combatendo às endemias através das vistorias domiciliares, eliminando os focos encontrados e orientando a população com medidas de controle e combate à doença. Foram intensificadas as ações de limpeza de imóveis de acumuladores - pessoas que armazenam grande quantidade de resíduos e materiais insensíveis. Além do bloqueio de transmissão nos quarteirões próximo aos casos notificados utilizando a bomba costal (fumacê) — destacou.

Para ter um maior controle, deve ser observado o foco dos reservatórios positivos no LIRAa (recipientes plásticos, latas, bebedouros de animais, pratos e vasos de plantas) dentro dos imóveis e quintais. Tendo o cuidado redobrado neste período chuvoso. Sendo assim, não deixe água parada em garrafas, pratos e locais que causam acúmulo de líquidos, deve limpar e tampar caixas d’água, colocar areia nos pratinhos de vasos de plantas, que são formas de evitar a reprodução do mosquito e combater a dengue.

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