Esforço coletivo

Esforço coletivo 

 

A humanidade assiste, mais uma vez,  o aumento nos casos de  covid-19, e por consequência, o medo. A Europa enfrenta a quarta onda, enquanto, em paralelo, a variante ômicron se espalha pelo mundo. No Brasil já são quatro casos da variante confirmados pelo Ministério da Saúde (MS). Com este cenário tomando forma, o mundo caminha para voltar a algo próximo da estaca zero no enfrentamento ao coronavírus. Até o momento, a única coisa que se tem de concreto é que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está acompanhando os testes de eficácia e efetividade das vacinas contra a ômicron e já notificou a Pfizer, o Instituto Butantan, a Fiocruz à prestarem esclarecimentos. Sem sombra de dúvidas, as vacinas ajudaram de sobremaneira na contenção da doença no mundo, mas ainda existem muitos países que não têm uma cobertura suficiente de segurança. Dos dez, onde a covid-19 avança, oito deles estão com vacinação abaixo dos 60%. Ou seja, os casos confirmados e as mortes estão concentradas nos “antivacinas”. 

É justamente por causa desse movimento que a humanidade está mais uma vez diante do perigo. O mundo não está livre de novas variantes e elas podem surgir pelo grande número de pessoas contaminadas na Europa, por exemplo, e em breve chegar ao Brasil. É justamente nesse ponto que os acontecimentos no continente europeu devem inspirar ações de prevenção no Brasil. De acordo com o vacinômetro do Conselho Nacional de Saúde, a taxa de cobertura do país se aproxima dos 60%. É neste momento que o Brasil precisa de um esforço coletivo para não deixar o caos se instalar mais uma vez. Em Divinópolis, a Prefeitura fez um chamado no  início da semana para quase 15 mil pessoas com a segunda dose em atraso para irem se  vacinar. Ontem, esse número tinha baixado para cerca de 14 mil. Não dá para comemorar, mas já é alguma coisa. A situação acende um alerta, afinal, uma das informações mais trabalhadas junto à população é que apenas uma dose não garante a imunização contra a doença. 

Mais uma vez, os brasileiros se encontram no lugar de esforço coletivo, empatia, responsabilidade, amor a si mesmo e ao próximo. O povo está em um ponto que, ou anda para frente, se junta em prol do bem-estar coletivo, ou anda para trás e vê, inerte, a retomada do caos. Não existe meio termo, agora é “8 ou 80”. Apenas a conscientização, a educação, o esforço coletivo conseguirá tirar o país deste ponto. Apenas a vacinação garantirá que o Brasil não volte “20 casas” atrás. Somente as ações de conscientização, as informações claras e objetivas ajudarão o povo brasileiro a não ver o caos instalado mais uma vez. É óbvio, mais claro que a luz do dia, que os dados epidemiológicos do país não garantem que tudo pode mudar da noite para o dia. Mais uma vez a população chegou ao momento de “um depender do outro”, um ter compaixão pelo outro. 

Afinal, diante deste cenário incerto que se aproxima mais uma vez, a única certeza que se tem é que ninguém quer passar por tudo de novo. Ninguém quer ver hospitais superlotados, pessoas morrendo sem assistência, empresas fechadas, famílias passando fome e a humanidade perdendo pessoas queridas. Agora é a hora!

 

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