Era dos imbecis

Preto no Branco

A morte do petista, enquanto comemorava seu aniversário, por um apoiador do presidente Bolsonaro (PL), continua rendendo, em especial pela prisão preventiva do atirador. E assim será no campo da lei com inquérito, oitivas e outros procedimentos de praxe. Normal. É o trabalho da Justiça. O que foge de toda racionalidade possível é ver tanto imbecil apaixonado/cego nas redes sociais discutindo e até ameaçando. Quanto despreparo. Que preguiça. A maioria desses  idiotas provavelmente não sabe que, enquanto esbraveja com o outro, briga, fica de mal. Qualquer governante que esteja no maior cargo Executivo do País,  gasta com tudo, sem dó nem piedade verbas públicas. Ou seja, o dinheiro que eles pagam e muitas vezes tiram até da comida da família. E assim segue tanta aberração, tempo perdido, grupos de WhatsApp que só servem para isso e autopromoção. Sandices totalmente responsáveis pelo rumo que o Brasil tomou. 

Clima de guerra 

Desde que foi implantada em regime democrático, a eleição existe para que o eleitor escolha seus representantes, entre legisladores e gestores. Não tem nenhum artigo nas leis que discorrem sobre os processos de votação, sobre a necessidade de luta armada. Se fosse para ser assim, qual o sentido da eleição?  Já foi o tempo em que se faziam campanhas eleitorais. O famoso "corpo a corpo" ficou no passado. O bate papo de praxe com a população, passeatas, comício e mesmo entrega de panfletos se transformaram em espetáculos. E o pior: esdrúxulos, baratos, sensacionalistas e cheios de vitimismos. Acomodado que é, o povo assiste de braços cruzados à espera dos próximos. 

Medida eleitoreira 

Exemplos de má gestão com o dinheiro público não faltam.  Ontem, por exemplo, a Câmara dos Deputados analisou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria um estado de emergência para permitir a criação e o aumento de benefícios sociais. O projeto foi aprovado em comissão especial na semana passada e o plenário da Casa chegou a atropelar o Regimento Interno para votar a PEC em dois turnos em um mesmo dia. Essa não é a principal crítica aos governos de esquerda? Aliás, com razão. "Ninguém tem que dar peixe nas mãos, mas, sim, ensinar a pescar!" Quem enchia a boca para criticar, agora aprova. É isso mesmo? Vão dizer que é porque milhares de brasileiros estão passando fome e precisam de ajuda. Mas, isso tem mais de um ano, quando muitas famílias voltaram à condição de extrema pobreza. Serão lembradas logo agora faltando três meses para as eleições? Me ajuda. Isso não só brincar com a cara do povo, é cuspir. 

R$ 40 bi em 5 meses

A PEC da Emergência, ou PEC Kamikaze, como está sendo chamada, autoriza a criação e aumento de benefícios sociais que provocarão impacto de R$ 41, 5 bilhões até o fim do ano. A proposta tem apoio da base de Bolsonaro. Aí fica claro o real objetivo. A injeção de recursos na economia para as famílias de baixa renda pode atraí-las para apoio, visto que não é segredo para ninguém que elas apoiam os candidatos de esquerda, se é que existe isso. Esquerda, direita e centro viraram e não é de hoje, "farinha do mesmo saco". 

Driblar a lei 

Caso aprovada - a apreciação ainda não havia sido feita quando este PB foi fechado - aumenta o valor do Auxilio-Brasil de R$ 400 para R$ 600 e do Vale Gás, que passará a ser de um botijão de 13 kg a cada dois meses (em vez de meio botijão). A proposta também cria uma espécie de 'voucher' para caminhoneiros no valor de R$ 1 mil e auxílio para taxistas, além de outros benefícios. "Que pacotão". Pena que tem prazo de validade. Não precisa ser nenhum especialista para constatar que a PEC dribla a Lei das Eleições. A norma impede que o governo crie novos benefícios sociais em ano eleitoral. Como por aqui as leis funcionam só no papel, quem está se preocupando com isso?

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