Em defesa da Copasa

CREPÚSCULO DA LEI – Ano VI – CCLLXXI

Em defesa da Copasa

Há uma corriqueira mostragem histórica de forças feudais interferindo na política mineira fazendo instar à chefia do Executivo estadual indivíduos péssimos, daqueles que odeiam funcionários públicos, odeiam serviços essenciais, principalmente aqueles voltados para a Saúde e Educação, odeiam um estado apto a cuidar da população.

Nesse sentido, o atual ocupante da governança mineira já se mostrou devidamente adequado ao feudalismo que o apoiou. Eis uma legítima representação do menosprezo à estrutura estadual voltada para aquelas áreas, singularmente estereotipado em lapsos toscos de ignorância - ao ponto de desconhecer uma das maiores escritoras mineiras de todos os tempos em sua própria cidade natal. Um vitupério. 

Essa figura jocosa - e perigosa - que não titubeou em fazer triplicar seu próprio salário, volta-se figurante de aberrações políticas para além das pantomimas rameiras, como também em outros leques de danosidades.

Trata-se de ações que envolvem sérios prejuízos ao Estado, não só constando o perdão de dívidas milionárias aos amigos das locadoras de veículos, mas também na cessão de outros favores e benesses às empresas de mineração, garimpo e latifúndio madeireiro.

Como se não bastasse, o vilipêndio está firmemente empenhado em destruir a economia mineira, fazendo crescer a dívida do estado para além dos R$ 200 bilhões, com o objetivo evidente de dificultar a ação de governos que virão após sua derrota e, principalmente, forçar privatizações, principalmente a COPASA e CEMIG.

É óbvio que tais figuras de governança pouco ou nada se importam com o bem-estar da população do Estado. Portanto, em se tratando da COPASA, quais os motivos para sua privatização?

Motivos nobres, altruístas?

Claro que não.

No caso da COPASA, trata-se de uma empresa notoriamente eficiente e lucrativa. Nenhuma destas figuras – tal qual o ocupante da governança do Estado – teriam interesse em sua privatização caso não fosse eficiente e lucrativa. Não se importam com mais nada.

Basta acompanhar o noticiário e a página da COPASA na web para conferir seus lucros e sua atividade em larga escala. Todas as eventuais deficiências na empresa são operações eventualmente propositais, com o intuito de desvalorizá-la com fins escusos. 

A experiência histórica vem demonstrando a tragédia das privatizações. A regra mostra um pequeno grupo de empresários que se apoderam de uma estrutura de serviços essenciais das empresas estatais – preço de banana – lucram, lucram e deixam os serviços sem manutenção, devolvendo tal atividade ao poder público, obrigado a agir para não sacrificar população.

Qualquer cidade mineira que queira “substituir” os serviços da COPASA, deve ficar atenta e apurar os envolvidos nesta atividade. Quem está envolvido? São pessoas ligadas ao chefe da governança estadual? Qual é a “outra” empresa envolvida? Quem são seus responsáveis?

Nesse sentido, a água é estratégica para a população. É coisa pública, não mercadoria para grupos privados. 

Quem acompanha os observatórios de estudos da água e do saneamento no mundo tem consciência do fiasco, aliás, da tragédia que se tornou a prática das privatizações desse serviço nos países e cidades em que ela ocorreu. Praticamente todas estas práticas foram revertidas – devolvidas – ao serviço público, de onde nunca deveriam ter saído.






Comentários