Em conjunto

Em conjunto 

Anúncio feito nesta quarta-feira pode ter consolidado mais um nome ao Palácio do Planalto. Os presidentes do PSDB, MDB e do Cidadania acenderam novamente a chama de um projeto de unificar os partidos da terceira via ao anunciar que o nome desse possível candidato que vai liderar a chapa na disputa será definido a partir da análise conjunta de pesquisas quantitativas e qualitativas de opinião encomendadas pelas legendas. A proposta foi debatida em reunião em Brasília, com as presenças dos deputados Baleia Rossi (MDB), Bruno Araújo (PSDB) e Roberto Freire (Cidadania). Na verdade, a nova forma de escolher prorroga o prazo para o anúncio para o próximo dia 18. Isso significa que acabou-se a indecisão e mais uma chapa pode ser confirmada.  

Dois 

São considerados pré-candidatos atuais ao Planalto a senadora Simone Tebet (MDB-MS) e o ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB). A expectativa dos dirigentes é que o processo seja concluído próximo às convenções, que devem ocorrer entre o fim de julho e a primeira semana de agosto. No entanto, o formato ainda precisa ser submetido ao crivo dos demais dirigentes dos três partidos e dos pré-candidatos. Porém as siglas afirmaram, em nota, que a decisão final será das "instâncias partidárias", o que amplia pressão sobre Doria. Uma reunião virtual discutiu a decisão ontem à noite. Mas o primeiro entrave enfrentado pelo grupo é com os aliados de Doria, que querem esclarecimentos sobre os critérios e métricas da pesquisa qualitativa, sob alegação de que o ex-governador aparece em melhor posição que Simone nas pesquisas quantitativas. Nesse sentido, a prorrogação do prazo caiu como um alívio para os doristas. 

Tem candidato 

Trazendo para Minas Gerais, o governador Romeu Zema (Novo) agora não precisa mais se preocupar com quem vai apoiar para o cargo mais importante do país. Seu partido terá candidato próprio. Trata-se de Felipe d’Avila, 58 anos, nascido em São Paulo, cientista político, mestre em administração pública pela Universidade de Harvard. Fundou, em 2008, o Centro de Liderança Pública, uma organização sem fins lucrativos dedicada à formação de líderes políticos. É escritor e tem 10 títulos publicados, sendo “10 Mandamentos: do país que somos para o Brasil que queremos” a sua obra mais recente. Essa é a primeira vez em que ele se candidata ao cargo de presidente da República. Se confirmada a pré-candidatura, esta será também a primeira eleição disputada por ele. Caso ganhe apoio em massa do pessoal da economia e empresários, pode formar uma terceira via razoável, especialmente por não fazer parte da política. Quem sabe, pois, até o momento,  apenas dois nomes aparecem “bem na fita”.

Tem base 

E se depender dos apoios que Zema vem recebendo no estado e fora dele, pode ser uma base forte para Felipe d’Avila em Minas. Pelo menos com a Justiça tem sido assim. Depois do apoio do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o reajuste dos servidores municipais, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) se manifestou de forma favorável ao Governo de Minas sobre o pagamento proporcional do piso dos professores estaduais. A Procuradoria Geral da Justiça endossou entendimento da Advocacia-Geral do Estado de que a Emenda à Constituição Mineira nº 97/2018 é inconstitucional. Entre os aspectos questionados pela atual gestão e que motivaram o pedido da medida cautelar estão a ausência de detalhamento do impacto financeiro na folha de pagamento e vício de inconstitucionalidade. Mais um que, certamente, não tem mais recurso em 2022, ano eleitoral. 



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