Editorial: Queda de braço

 

Mais uma semana começa e, como de praxe, os divinopolitanos podem esperar por mais uma polêmica entre Câmara e Prefeitura.  A não ser que, devido ao feriado prolongado, os ânimos podem se acalmar.  Mas, é incrível, em pelo menos uma das reuniões, rola um clima pesado. É como dois e dois são quatro. A cada encontro, uma nova situação. É só sentar e esperar que um novo atrito se aproxima. A sensação é que os poderes Legislativo e Executivo estão em uma queda de braço sem fim. Um quer mostrar ao outro quem manda mais. E, no meio disso, o povo paga a conta sem sequer saber o que está acontecendo. 

Afinal, enquanto parte dos vereadores e governo municipal brigam para ver quem manda mais, o desenvolvimento, as melhorias na Saúde, na Educação, economia e demais áreas aguardam. E quem leva a cidade nas costas é a população, que segue trabalhando de sol a sol para garantir todas as mordomias que a política dá aos eleitos pelo povo. Vexatória e amadora. Talvez estas sejam as palavras certas para definir parte da política divinopolitana. Não há motivo nenhum para se orgulhar de como alguns políticos conduzem sua forma de agir. Acusações para todos os lados. Discursos repetidos e superficiais e, resolução que é bom, nada! 

Divinópolis segue “sem eira nem beira”. É como dizem: “muito cacique para pouco índio”. É muita gente querendo mandar, aliás, querendo mostrar que manda, e pouca fazendo e sendo a diferença que traz o mínimo de esperança possível para a cidade. E, diante de tal situação, vem a pergunta: como acreditar em evolução? Como acreditar que um dia Divinópolis voltará a crescer quando a cidade está no meio de uma queda de braço entre os poderes? Onde está a harmonia entre Executivo e Legislativo? 

Esse ciclo de queda de braço é parte do quebra-cabeça para entender alguns dos fatores que criam barreiras para Divinópolis se desenvolver ainda mais. Não raro, os parlamentares citam no Plenário da Câmara sugestões de iniciativas com base em cidades próximas e até mesmo menores. O primeiro passo é encarar o diálogo não como um empecilho, mas uma solução. Enquanto, porém, as discussões forem mais lucrativas nas redes sociais, uma cenário harmônico parece distante. Não é preciso haver consenso, faz parte da democracia, mas todos precisam estar dispostos a sentar e conversar. Até que isso aconteça, peguem seus banquinhos, a pipoca, sente e aguarde a polêmica da semana. Ela sempre vem, não falha, é certa como o nascer do Sol...

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