Economia criativa: UFSJ participa da Cátedra Unesco

A UFSJ é uma das 17 universidades que integram a rede global da Cátedra Unesco em Economia Criativa e Políticas Públicas. Sediada na Universidade Federal de Viçosa (UFV) e chancelada este ano, a entidade busca ser um centro de excelência em rede, através da promoção de um sistema integrado de pesquisa, treinamento, informação e documentação sobre Economia Criativa, reunindo e difundindo conhecimentos, bem como seus efeitos e impactos no desenvolvimento local e regional.

Uma de suas principais ações é organizar periodicamente a Conferência Internacional de Economia Criativa e Políticas Públicas (ICCEPP 22 – Unesco Chair). A primeira edição aconteceu dias 5 e 6 deste mês, no Centro de Artes e Convenções da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e contou com as presenças do reitor Marcelo Andrade e do professor do Departamento de Ciências Administrativas e Contábeis (Decac), Gustavo Melo. Esse pesquisador é representante da UFSJ na entidade e apresentou painel durante o evento em Ouro Preto. O reitor Marcelo discursou na abertura, selando a participação da Universidade na Cátedra e destacando a importância de se participar de tão importante rede de pesquisa. Confira, ao final dessa matéria, o discurso do dirigente da UFSJ.

Áreas interdisciplinares 

Em entrevista ao site da UFV, o coordenador do projeto e professor do Departamento de Administração, professor Magnus Luiz Emmendoerfer, informou que a Cátedra reunirá, inicialmente, pesquisadores de 14 universidades brasileiras, a maioria públicas, e mais quatro estrangeiras.

— Nelas, há pesquisadores de áreas multidisciplinares, como Engenharia Ambiental, Geografia, Economia, Turismo, Administração, Gestão Pública e Ciências Naturais, que estarão ligados a uma rede global, articulando temas como turismo, cultura, gestão e eventos — afirmou.

De acordo com o coordenador, desde o ano 2000 o Brasil reconhece a economia criativa como um setor de atividades com alto potencial para geração de renda e trabalho, sobretudo para populações mais jovens e vulneráveis. Um bom exemplo é o crescimento, na última década, de projetos empreendedores relacionados à cultura, inovação, turismo e educação. No entanto, segundo os especialistas, a economia criativa ainda carece de políticas de incentivo.

As universidades, segundo Magnus, têm um papel importante para interpretar os dados e tendências da área para que esse conhecimento chegue à população que ainda não percebe a sua potência ou não se identifica com as muitas possibilidades que ele oferece.

— A economia criativa expressa um setor produtivo, que permite integrar atividades, desde as artísticas até as mais tecnológicas. Os saberes tradicionais, que podem ser o grande diferencial desses projetos, devem estimular o empreendedorismo nesse setor em regiões do interior do Brasil — disse o coordenador ao site da UFV.

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