E o povo padece

E o povo padece 

Apontar defeitos, fazer julgamentos, colocar nariz de palhaço, determinar o que é certo ou errado, sem qualquer tipo de conhecimento sobre o assunto ou, minimamente, interesse em conhecer o tema: esse é o “esporte” preferido de muitos vereadores de Divinópolis. A isso, soma-se ainda os vídeos nas redes sociais, que muitas vezes induzem a população ao erro e não passam de fake news propagadas por aqueles que, por obrigação, deveriam zelar pela verdade e pela responsabilidade. Comprovar este fato não é tão complicado. Basta o povo divinopolitano acompanhar uma reunião ordinária da Câmara para comprovar a mera função de apontar problemas, mas sem trazer a solução. É fato: “falar até papagaio fala”, agora fazer, partir para o campo da ação, é outra coisa, o “buraco é muito mais embaixo”. 

Apesar de serem pagos para fiscalizar o Poder Executivo e criar leis que melhorem o dia a dia do divinopolitano, muitos optam em ficar à sombra do Executivo. E, claro, com isso descumprindo totalmente o que prega a Constituição Federal, quando ela estabelece que “os Poderes são harmônicos, mas devem ser independentes”. Sim! Andar em harmonia é uma coisa, afinal de contas, quando se há uma “oposição burra”, que é feita apenas por fazer, apenas por divergências políticas, partidárias, ou religiosa, sem um embasamento técnico para tal, toda população perde, pois com isso, o  Legislativo “trava” muitas vezes o Executivo. Porém, quando um vereador torna-se “dependente” de uma Prefeitura para fazer seu mandato, de uma forma indireta transforma o Poder Legislativo dependente do Executivo, e consequentemente não cumpre com sua obrigação de fiscalizar. 

Infelizmente, este é o atual cenário presenciado em Divinópolis. A saúde pública vai de mal a pior e os representantes do povo só mostram que está ruim e apontam culpados que não tem nada a ver com a situação. Do outro lado, o povo padece. De discurso em discurso na Tribuna Livre, de reunião em reunião, que não dão absolutamente nada, quem coloca o nariz de palhaço é o povo divinopolitano que depende da Unidade de Pronto Atendimento Padre Roberto (UPA 24h) todos os dias. A grande verdade é que falta muita coisa para que a cidade tenha representantes que resolvam os problemas. Que a UPA está lotada, todos já sabem, mas e aí? Que a demanda é muita e o sistema não absorve, também, mas e aí? Que o Hospital Regional é, sim, a grande esperança, idem, mas e aí? E aí que é preferível abordar assuntos com total desconhecimento, falar coisas que a população aplauda e troca de  likes e comentários positivos. A Saúde que espere. Afinal, quem está na fila acredita em tudo que vê e tem repercussão nas redes sociais. Falta muito em Divinópolis para ficar menos pior. Mas, o que tem? A corrida eleitoral por aqui é ano sim, ano não. 

 

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