Dizer o quê?

De um País onde o mendigo Gilvaldo Alves é pego em flagrante com uma mulher casada ‒ tida como uma pessoa com deficiência mental ‒, apanha do marido e em um piscar de olhos vira celebridade? Primeiro há de se destacar o auê que virou o caso, prato cheio para os sites e programas de fofoca? Só falta uma frase em um dos meios de comunicação que vem dando destaque para ele e seus momentos de fama: “Das ruas de Planaltina para o mundo”! Me poupe. Não por acaso, somos alvos de chacota em outros países do mundo, onde existe o mínimo senso e a baderna não é generalizada. 

Negligência 

Longe de qualquer tipo de preconceito, muito pelo contrário. Como ele, há centenas nas ruas brasileiras que precisam muito de ajuda. Em especial, de políticas públicas adequadas, aplicação zero, por boa parte dos governantes. Não adianta somente o bom coração de muitas pessoas que ajudam à medida que podem. A responsabilidade e a solução do problema cabem ao poder público, que é negligente. Só faz alguma coisa quando a imprensa denuncia. E o pior: se valem apenas de medidas paliativas. Se alguém for ao mesmo local poucos dias depois, está do mesmo jeito. Mas, como os políticos fingem não ter memória e a do brasileiro é curta, fica por isso mesmo.

Novo herói 

Voltando ao caso Givaldo Alves, ajudá-lo a bancar um tratamento de saúde, visto que ele também parece sofrer de algo psicológico, ótimo. Mas, daí pegar carona na onda atual de se encontrar um novo herói e transformá-lo em um, já é demais. Acredite se quiser, atualmente ele é requisitado para eventos, fotos ao lado até de famosos,  para festas e tem recebido gordos cachês. Ele esteve até em camarote especial no desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro no último fim de semana. Tudo às custas do sofrimento do próximo, nesse caso, da mulher, do marido e seus parentes e na busca por outro herói. Se é que algum dia tivemos um. 

Nome de rua 

Se tem um projeto que não falha na pauta da Câmara é o que dá nome de ruas ou instituições a alguém conhecido  na cidade. O objetivo é homenagear pessoas de Divinópolis ou não, mas que contribuíram para o bem da cidade e da população que nela vive. Nada contra, tem muita gente que merece mesmo e é uma forma da geração futura da família conhecer, por meio dessa lembrança, o legado deixado pelo parente. Além de deixar felizes os familiares que ainda vivem e, geralmente, são convidados para a cerimônia. Mas, em toda reunião, fica cansativo, e sinceramente: parece falta de assunto. 

Está chegando 

Apesar de a máscara facial já não ser exigida em diversas cidades mineiras, o secretário de Saúde de Minas, Fábio Baccheretti só dará o ok a partir do próximo dia 1º, domingo, para todo o estado. Em coletiva, ele afirmou há cerca de 15 dias que iria recomendar o fim do uso obrigatório em ambientes fechados nesta data. No entanto, cada município continua autorizado a seguir ou não a recomendação ‒ Belo Horizonte, por exemplo, ainda não se sente tranquila para a medida, pois aguarda o aumento na imunização, principalmente de crianças, onde o número é considerado baixo.

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