Divinópolis tem saldo positivo no emprego no 1º trimestre

Pequenos negócios mineiros geram quase 74% das vagas de trabalho; Nova Serrana é a melhor da região e a 2ª de Minas

Jorge Guimarães

 

O ano começou positivo na geração de empregos em Divinópolis. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a cidade teve um saldo positivo acumulado no primeiro trimestre de 409 empregos, considerando as micro e pequenas empresas (MPE), em contraponto com 2022, quando o saldo foi de apenas 154. Assim, nos três primeiros meses a cidade teve 8.009 admissões contra 7.600 desligamentos. 

—  No ano de 2023, isso correspondeu a 76% do total de empregos gerados, reforçando a importância das micro e pequenas empresas para a região. Seguindo a tendência do Estado, o setor de serviços foi o setor que teve o maior crescimento — avalia a analista de suporte do Sebrae, Cintia Soares. 

Ela também vê um cenário de otimismo para o decorrer do ano. 

— Sobre as perspectivas, observa-se a confiança dos empresários em investir em seus negócios em Divinópolis, e a representatividade das micros e pequenas empresas na região. Espera-se um cenário otimista para o ano 2023, considerando a tendência apresentada no primeiro trimestre. Ressalto que o Sebrae existe para impulsionar o empreendedorismo e possui diversas soluções que podem auxiliar os empresários e empreendedores a buscarem cada vez o crescimento de seus negócios gerando empregos e renda para as regiões — conclui Cintia.

 

Segmentos

 

Em Divinópolis, o destaque foi para o segmento da prestação de serviços que gerou 395 novos empregos, seguido pela construção civil (91) e agropecuária (2). Em contrapartida ficaram negativos o comércio com (-66), indústria de transformação (-10) e indústria extrativa (-3). 

 

Região

Na região Centro-Oeste, a cidade de Nova Serrana foi a que mais gerou vagas de emprego, fechando o trimestre com 2.394, seguida por Divinópolis com 409. Arcos abriu 375 novas vagas, Perdigão (230) e Itaúna (179). Ficaram negativas Carmo do Cajuru (-92) e Pitangui (-49).

 

Minas Gerais 

Os pequenos negócios mineiros geraram um saldo de 45.809 empregos nos três primeiros meses de 2023, resultado 26,67% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. De acordo com o levantamento do Sebrae Minas, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o estado registrou o total de 554.812 admissões e 509.003 desligamentos no primeiro trimestre deste ano. As micro e pequenas empresas (MPE) foram responsáveis por quase 74% dos novos postos de trabalho no primeiro trimestre de 2023, enquanto as médias e grandes contribuíram com 26,05% do total de vagas. 

Belo Horizonte foi a cidade que obteve maior saldo nas contratações 7.215, seguido por Nova Serrana com 2.394, Ipatinga (2.188) e Patos de Minas (2.096). Em contrapartida, Betim (-824), Janaúba (-727) e João Monlevade (-381), obtiveram o pior saldo de empregos.

Com exceção do Comércio, todos os setores apresentaram saldo positivo de vagas. A diferença entre contratações e demissões em serviços foi a maior no primeiro trimestre, com 25.900 novos postos. Em seguida, vieram a indústria de transformação (10.555), construção civil (9.065), agropecuária (7.259) e indústria extrativa mineral (212). O comércio registrou saldo negativo de 7.043 vagas. 

— Nos primeiros meses do ano, o comércio sofre os efeitos do encerramento das vagas temporárias, o que justifica o desempenho negativo do setor no período — explica o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.

 

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