Divinópolis: Sindicatos anunciam paralisação dos servidores públicos municipais na próxima semana
Para entidades representativas, negociação foi encerrada unilateralmente após contraproposta do Executivo ser rejeitada em assembleia

Da Redação
O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e da Região Centro-Oeste (Sintram) e o Sindicato dos Trabalhadores da Educação Municipal do Município de Divinópolis (Sintemmd) anunciaram, nesta sexta-feira, 4, que os servidores públicos municipais paralisação na próxima terça-feira, 8. O ato protesta contra o parcelamento da recomposição salarial da categoria anunciado pela Prefeitura nessa quarta-feira, 2. Os sindicatos iniciaram a campanha salarial 2022, no dia 13 de dezembro, com a realização de uma Assembleia Geral, que definiu as reivindicações do funcionalismo público municipal.
Os servidores pleiteam: recomposição salarial referente ao ano de 2021 no percentual de 5,3% retroativo a data base acrescido o índice de correção do IPCA do Ipead acumulado em 2022, que ficou em 9,63%, porém o pedido foi feito com arredondamento do índice para 15,5%; correção imediata em janeiro de 2022 do valor referente ao vale alimentação para R$ 20, acrescida a correção de R$ 1,00 a cada ano, a partir de 2023 – atualmente o ticket alimentação da categoria é R$ 9.
No dia 25 de janeiro, o Sintram e o Sintemmd se reuniram com o Executivo Municipal, que apresentou sua contraproposta. Na oferta, o Município parcelou a recomposição salarial de 9,63%, sendo pago 5% na folha de fevereiro, e 4,63% na folha de junho, e aumento de 11% no ticket alimentação, passando de R$ 9 para R$ 10, e R$ 1 de reajuste em 2023 e 2024. Os servidores rejeitaram a proposta em nova Assembleia Geral realizada nessa segunda-feira, 31. Logo após ser comunicado da decisão do funcionalismo público municipal, o prefeito Gleidson Azevedo (PSC) anunciou que as negociações estavam encerradas, enviando um ofício aos sindicatos, comunicando o pagamento da recomposição de forma parcela, e o reajuste de 11% do vale alimentação.
Medidas
Segundo o Sintram, a paralisação geral marcada para a próxima terça-feira é o primeiro movimento aprovado pela assembleia dos servidores contra a recusa do prefeito em atender as reivindicações da categoria. A presidente do sindicato, Luciana Santos, assegurou que toda a pauta de manifestações aprovadas pelo servidores será cumprida, mesmo após o prefeito ter encerrado as negociações.
- Ao encerrar as negociações, o prefeito claramente desafiou os servidores. A paralisação de terça é o começo dos manifestos contra o Executivo e toda a pauta aprovada pela assembleia do dia 31 será cumprida, mesmo o prefeito tendo encerrado unilateralmente as negociações – reforça.
O Sintram e o Sintemmd, sindicato que representa os trabalhadores da educação municipal, já enviaram uma notificação conjunta à Prefeitura, nessa quinta-feira, 3, informando sobre a paralisação geral dos servidores.
De acordo com a presidente do Sintram, a paralisação foi preparada com muito cuidado para que os serviços essenciais continuem sendo prestados sem nenhum prejuízo à população. No caso da Saúde, por exemplo, os servidores participarão da paralisação no contra-turno, ou seja, quem trabalha de manhã estará no movimento no período da tarde e vice-versa.
- Pensamos com cuidado essa paralisação, pois a população não pode ser prejudicada. Por isso os serviços essenciais estarão funcionando e o cidadão poderá obter sua prestação de serviços a qualquer hora do dia. Afinal, a população é tão vítima desse governo quanto os servidores - declarou Luciana.