Divinópolis se prepara para receber voos comerciais

Azul formaliza interesse em operar até quatro voos diários

 

Ígor Borges

O retorno dos voos comerciais no Aeroporto Brigadeiro Cabral parece estar cada vez mais próximo. A Azul formalizou o interesse em assumir as operações no local, onde já foram feitas alterações para receber os voos. 

O aeroporto passou por várias etapas de homologação. Na última delas, algumas observações em relação a uma grama, que estaria fora do lugar, foram pontuadas. 

A companhia pretende iniciar os voos em cerca de 100 dias. Ela ainda fala que a expectativa é de até quatro voos diários para Belo Horizonte e Campinas ocorram quando as operações retornarem. 

Interesse

A Azul Linhas Aéreas reforçou o interesse em retomar sua operação no aeroporto, em Divinópolis. A ideia é operar com até quatro voos diários até Belo Horizonte e Campinas, assim que as adaptações no local forem concluídas.

As certificações serão homologadas junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e ao Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea).

Entre as modificações que precisaram ser feitas no aeroporto está a instalação de sistemas de Precisão de Aproximação de Pista (Papi), nas duas cabeceiras da pista. A outra é a implementação do procedimento de Aproximação por Instrumentos em Condições Meteorológicas Instrumentais (IFR-IMC). Com isso, a operação da aeronave ATR 72-600 no município pode ser feita mesmo em dias de mau tempo.

Companhia

Segundo a Azul, esta oferta expandida de voos permitirá uma variedade de opções de itinerários.

— Temos grande expectativa em restabelecer nossas operações em Divinópolis e contribuir para o desenvolvimento econômico e social desta região estratégica. Assim que todas as instalações e certificações forem concluídas e homologadas pela Anac, estimamos que os voos na cidade possam iniciar em um prazo de 100 a 120 dias — afirmou Vitor Silva, gerente geral de Planejamento e Estratégia de Malha da Azul.

A cidade é reconhecida não apenas pela sua relevância econômica como polo industrial, mas também pela sua rica história e cultura, bem como pela hospitalidade de seus habitantes, avalia a companhia.

— A inclusão de Divinópolis em nossa malha aérea representa uma oportunidade de conectar ainda mais esta cidade dinâmica com outros centros urbanos do Brasil, facilitando o acesso de seus moradores a uma ampla gama de destinos e promovendo o crescimento do turismo e dos negócios na região — finalizou.

Prefeitura 

De acordo com a Prefeitura, a homologação de Operações de Voos por Instrumentos foi protocolada em janeiro e está em análise do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). 

O Executivo explicou ainda que o Decea não define prazo para análise final dos processos. 

O secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável e Turismo, Luiz Angelo Gonçalves disse que a operação de voos comerciais representa para Divinópolis uma importante ferramenta de desenvolvimento econômico, pois liga o Centro -Oeste a todo o mundo, através das linhas e de um importante hub que é Viracopos. 

Testes 

 Em janeiro, o Grupo Especial de Inspeção em Voo (Geiv) veio até o aeroporto da cidade para realizar uma série de testes. A finalidade era homologar um equipamento específico.

O aparelho recebe o nome de “Papi”, que na tradução para o português significa Indicador de Trajetória de Aproximação de Precisão. 

O equipamento é um conjunto de quatro caixas que emitem luzes vermelhas e brancas. Ele garante a segurança do pouso da aeronave, em que o piloto pode identificar e seguir orientações para ao se aproximar do solo. 

Homologação 

Ao todo, desde a solicitação da companhia aérea, o aeroporto já teve duas etapas para a homologação necessária para o retorno dos voos comerciais. 

O Agora esteve no aeroporto Brigadeiro Cabral durante a última etapa de homologação. Luiz Ângelo explicou a razão para tantos testes. 

— Atualmente o nosso aeroporto já é homologado para operações visuais, e diante de uma solicitação da Azul, buscamos a homologação por instrumentos. Por isso, fizemos várias melhorias em diversas etapas — comentou.

Ele destaca que a vinda da Força Área Brasileira (FAB) foi a última etapa para homologação e também fala sobre as melhorias que o local passou.

— Nós trabalhamos com melhorias na área de manutenção, exigidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o que corresponde desde a altura da grama e ao perímetro da cerca, por exemplo. Além de investimentos no próprio aeroporto, com grande ajuda de recursos federais — explicou. 

 



Comentários