Divinópolis pode registrar maior temperatura da história nesta semana

Termômetros podem chegar a marca de 40ºC; saiba como se proteger

 

 

Bruno Bueno

 

Divinópolis pode atingir nesta semana a maior temperatura de sua história. A atual marca, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), é do dia 7 de outubro de 2020, quando os termômetros constataram 39,2ºC. A previsão do tempo desta semana aponta que as temperaturas podem chegar a 40ºC.

A intensa onda de calor atinge todo o país e vão continuar nos próximos dias.

 

Previsão do tempo

 

Não há previsão de chuva para hoje. O sol aparece com algumas nuvens na parte da manhã. As temperaturas variam entre 20º e 39º. A umidade relativa do ar fica entre 15% e 66%. 

O calor continua amanhã. A temperatura mínima será de 21ª e a máxima de 38º. Há chance de chuva, que deve chegar à tarde com cinco milímetros. O tempo fica aberto à noite. A umidade relativa do ar fica entre 16% e 64%. O tempo é praticamente o mesmo na quinta-feira, com temperaturas e chance de chuva exatamente iguais ao dia anterior. A umidade relativa do ar varia entre 17% e 67%.

 

Fim de semana

 

Os divinopolitanos devem se preparar para mais um dia de intenso calor na sexta-feira. As temperaturas devem variar entre 22º e 39º. De acordo com a previsão, o sol aparece com muitas nuvens pela manhã. Pancadas de chuva, com cinco milímetros, chegam à tarde. À noite o tempo fica aberto. Umidade relativa do ar: entre 16% e 67%.

Há 67% de chance de chuva no sábado. Se aparecer, as pancadas de sete milímetros serão registradas à tarde e à noite. O sol chega pela manhã, com aumento de nuvens. A mínima é de 21º e a máxima de 39º.

O recorde pode ser contabilizado no domingo. A previsão aponta a temperatura mínima de 23º e a máxima de 40º. O sol também aparece na parte da manhã, com aumento de nuvens. Pancadas de chuva aparecem à tarde e à noite. A umidade relativa do ar também preocupa: 12% de mínima e 58% de máxima.

 

Risco

 

O calor intenso pode expor ao corpo a condições de risco. Isso acontece devido a necessidade do organismo em se adaptar para regular a temperatura interna, que está na casa dos 36º. 

— O calor intenso pode ter impactos significativos no sistema cardiovascular, representando uma preocupação crescente à medida que as temperaturas globais continuam a aumentar devido às mudanças climáticas. Quando o termômetro sobe, nosso corpo enfrenta desafios para regular a temperatura interna, o que pode resultar em uma série de efeitos adversos no sistema cardiovascular — disse o cardiologista Marcelo Franken, diretor da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).

O excesso de suor, quando não acompanhado da hidratação oral adequada, pode levar a quadros de desidratação. A condição torna o sangue mais espesso e aumenta o risco de formação de coágulos sanguíneos.

As temperaturas extremas (frio e calor) foram responsáveis por quase 6% das mortes em cidades da América Latina nos últimos anos. O estudo é da “Salud Urbana en América Latina” (Salurbal), que também teve a participação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade de São Paulo (USP).

 

El Niño

 

O fenômeno climático El Niño, atualmente em curso, deve durar até 2024. A informação é da Organização Meteorológica Mundial (OMM), que emitiu um comunicado na última quarta-feira sobre os padrões climáticos da atualidade.

O El Niño ocorre em média a cada dois a sete anos e normalmente dura de 9 a 12 meses. É um padrão climático natural associado ao superaquecimento da superfície do oceano. De acordo com especialistas, as atividades humanas intensificam o fenômeno.

 

Onda de calor

 

A grande massa de ar seco que castiga o Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste traz temperaturas de até 5 ºC acima da média. A situação deve persistir até o feriado de 15 de novembro. O meteorologista Vinicius Lucyrio tem os detalhes.

— Estamos diante de uma onda de calor histórica, em um mês em que normalmente temos umidade se espalhando de novo sobre o país, com chuvas amplas e volumosas, com radiação solar mais intensa e dias mais longos — disse. 

Ainda segundo Vinícius, a onda de calor deve ser mais forte do que a registrada em setembro.

— Potencialmente teremos recordes mensais para novembro em Palmas, Goiânia, Brasília, Belo Horizonte, São Paulo, Rio De Janeiro, Cuiabá e Campo Grande — acrescenta.

 

Como se proteger do calor?

 

As principais recomendações para se proteger do calor estão ligadas à hidratação. Beber bastante água e comer refeições leves e frias mais vezes ao dia estão na lista. Além disso, manter a casa fresca e tomar banhos mais frios é uma boa alternativa.

Evitar aglomerações e exercícios físicos das 11h às 17h também é recomendado, assim como o uso do soro fisiológico nos olhos e narinas. Por fim, é essencial o uso do chapéu, óculos escuros, roupas leves e protetor solar ao sair de casa.

 

 

 

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