Divinópolis fica órfã de mais um grande nome

Artista plástico e referência na cultura, Heraldo Alvim e outros artistas elevaram o nome da cidade nos ano 70

Da Redação

A cidade perdeu, na noite desta segunda–feira, 7, um de seus expoentes máximos da cultura divinopolitana, o artista plástico Heraldo Alvim, aos 78 anos. Ele juntamente com Petrônio Bax, Celeste Brandão, Hevécus, Chargas, Eliza Zappala e outros, brilharam no cenário cultural na década de 70, em especial, no surgimento da Semana de Arte de Divinópolis. O artista plástico que tinha Alzheimer está sendo velado na Vila Vicentina, no bairro Niterói e segundo dois sobrinhos que conversaram com o Agora, era o desejo dele. O enterro será no Cemitério do Centro.

Início

Heraldo Alvim nasceu em Divinópolis, no dia 30 de novembro de 1943. Filho de Gustavo Melo Alvim e Maria de Lourdes Dias de Melo começou a desenhar ainda na infância usando os mais variados tipos de material: lápis de cor escolar e de cera, carvão de fogão a lenha, giz escolar em cartões, papéis, quadros negros, alvenaria e mobiliário de sua casa. Na escola, muitas vezes foi surpreendido pelos professores, desenhando nos cadernos no horário de aula. Era o orgulho da família juntamente com seu irmão Heber Eustáquio Alvim de Melo, o maior violonista de todos os tempos de Divinópolis.

Anos dourados

O ano de 1962 marcou o início de sua obra em pintura a óleo sobre tela e madeira. Suas primeiras telas foram presente de seu irmão Hugo Geraldo e o artista armou e esticou-as nos chassis. Algumas orientações de estética vieram da professora Tereza Martin e de Frei Thiago Kamps, e lhe valeram como um “pré-vestibular”, para que no ano de 1970 pudesse ingressar na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e assim se tornando Bacharel em Artes em 1975. Foi coordenador do Centro de Artes de Divinópolis e do Museu Histórico Municipal e suas obras estão imortalizadas em vários locais da cidade.

Costumava dizer: — Não vim ao mundo de branco, porque tracei e pintei minha estrada. Desenhei minha alma florindo minha história e a essência que, impregnou meus dias, dentro do tempo e no peito dos que amo — afirmava.

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