Dinheiro...

Dinheiro... 

A música “Mim Quer Tocar”, do grupo Ultraje a Rigor, grande sucesso na década de 1980, caiu no gosto popular e fez muita gente dançar. Mas não é só o ritmo que a mantém até hoje na mente de milhares de brasileiros.  O trecho: “Dinhero!; Dinhero!; Dinhero!; Dinhero”. Um dos versos diz: mim é brasileiro, mim gosta é de dinheiro. A letra é carregada de erros - intencionais por se tratar de uma sátira -, mas o objetivo é muito verdadeiro, em especial se o meio for o político. Naquela época da música já era, mas atualmente é vergonhoso. E em ano eleitoral? A última da vez é que boa parte do PSDB não quer ter candidato à Presidência porque teria de injetar dinheiro na campanha. E vai além: só aceita apoiar Simone Tebet, do MDB, se não tiver de gastar nada com isso. Isso mesmo. O pessoal lá não quer gastar com corrida presidencial para ficar com mais dinheiro em suas campanhas pomposas. E tem caixa para isso. Afinal, a cifra é milionária: R$ 5,9 bilhões. Paga por quem? Por famílias que mal estão dando conta de colocar comida na mesa. É muita covardia e safadeza, né não? 

 

Vale-tudo 

E haja lugar para jorrar tanto dinheiro para se perpetuar no poder. O tal de vale-tudo tem showmícios (atualmente são proibidos), mas banca apresentações carésimas - e joga nesse bolo aí, os sertanejos, preferidos da maioria dos brasileiros. Isso tudo “na surdina”, para engalobar bobo. E o lamentável é que muita gente acredita. Não por acaso, elege os mesmos que seguem praticando as mesmas coisas, lindos e livres, pois sabem que a cada eleição o processo se repete. E isso acontece simplesmente porque sempre foi disseminada País afora a ideia de que o dinheiro público pode ser gasto sem controle por quem está no poder. E não é bem assim. Os políticos não passam de empregados do povo e são obrigados a dar satisfação do que gastam e como gastam, sim, senhor! Uma pena que a maior parte dos eleitores não sabe disso. 

 

Clima hostil 

A briga pelo governo de Minas vai ficar mesmo entre Romeu Zema, candidato à reeleição, e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, pré-candidato ao cargo pela primeira vez. A polarização já é certa. E se os ares entre os dois já não eram o dos melhores antes disso, imagine agora. Vira e mexe eles protagonizam um clima hostil. Recentemente, Zema falou sobre a vida pessoal de  Kalil, que respondeu à altura quase que de imediato, visto que os dois  estavam no mesmo evento. Todo mundo que participava percebeu a guerra eleitoral, é claro. 

 

A troca de farpas 

"Ele recebeu uma empresa grande em Dubai e faliu. Eu recebi uma pequena e multipliquei. Sempre viveu na sombra do pai dele. Depois, na do Atlético, que também melhorou depois da saída dele. Eu desafio ele a fazer um teste de QI", disparou Zema. Logo depois, ao ser perguntado, Kalil retrucou. "Limpa a boca pra falar do meu pai. Eu não vivi à sombra dele, não. Quando fui presidente do Atlético tinha 17 anos que meu pai tinha morrido. Vamos falar de estrago. De hospital. Se quiser levar para a vida privada eu levo. Agora, acusação que ele sofre que eu não falo, eu tenho vergonha", rebateu Kalil. Se agora está assim, imagina em um debate. Os próximos meses dirão. 

 

Descontrolado!  

 E a próxima cutucada não gastou meses, nem dias, apenas horas. Logo na manhã desta terça-feira, Romeu Zema usou a conta do Twitter para criticar o PT e a gestão de Fernando Pimentel. Aliás, não foi a primeira vez. Sem citar Kalil (PSD), Zema iniciou o post com a palavra descontrolado. E nem precisava, né! O pré-candidato ao governo discutiu ao vivo com um entrevistador da TV Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, no fim de semana  e até ameaçou jogá-lo da janela abaixo. Zema alfinetou: “Descontrolado! É como as contas de Minas estavam até 2018, com PT e Pimentel. Entenderam a junção? Para um bom entendedor... Agora é esperar a resposta. Pode crer que vem chumbo grosso por aí.

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