Diálogos políticos para uma ‘Nova Política’

 

Ao passarmos por alguns grupos de whatsapp, neste fim de semana, notamos algumas posições importantes para uma reflexão política.  

O tema era a política, mais precisamente sobre o trabalho dos vereadores de Divinópolis.

Por volta das 08h do domingo já eram quase 300 comentários e, desses diálogos acalorados, encontrávamos um feedback negativo da atuação de parte da vereança da nossa cidade.  

Do ponto de vista dos participantes eram falhas humanas, desacertos, erros e consequências ruins para Divinópolis. 

Dizia um dos interlocutores que terminando o terceiro ano do mandato da atual legislatura, a maioria dos 17 vereadores ainda não conseguiram mostrar um resultado efetivo de trabalho para a população. 

Outro participante já destacava o que se viu e ouviu na Tribuna Livre, destacava atos de discórdia, brigas, ameaças, ataques pessoais, violências, críticas exacerbadas a cidadãos comuns e políticos, entendendo ele como abuso da Tribuna pelos vereadores. 

No complemento, outro integrante do zap destacou os beijos e abraços que os vereadores mandaram na Tribuna para cidadãos, descaracterizando a finalidade nobre da Tribuna. 

Para ele, parte dos vereadores usaram a Tribuna como estivessem em um programa de rádio, em que o locutor atende um pedido de música, de abraço, etc. quadro normal para um programa de rádio, para ele, situação inadequada para seriedade que se exige

Um outro diálogo destacado foram os atos prometidos e não cumpridos por grande parte dos vereadores. Diziam que faltando um ano para terminar a legislatura, dificilmente conseguiriam atender a comunidade, os cidadãos, atender os representantes de bairros. Neste ponto, o clima subiu de tensão e os ataques começaram... 

Quando esfriou a discussão, um dos participantes lembrou as CPIs que foram criadas na Casa do Povo, destacando as PIZZAS assadas. Ao final, a conclusão era de que houve excesso de esforços e tempo perdido dos envolvidos para pouco ou nada de resultado para comunidade. 

Quando o tema “Câmara Municipal” parecia terminar, um dos participantes faz a cobrança para os pedidos de cassação dos vereadores denunciados pelo Ministério Público - “vai dar pizza ou não”? - muitos comentários, alguns dizendo que chegou o momento de uma “Nova Câmara”, já outros desacreditados no resultado, certos da impunidade, e em grande maioria, o fundamento era porque dos 17 vereadores, segundo o MPMG havia fortes indícios de participação de outros na compra e venda de projetos na Câmara.

De tudo lido e ouvido no grupo, extrai algumas conclusões, que passamos a fazer:

Primeiro: quando da eleição, os cidadãos perdem oportunidade única de escolher os melhores candidatos, os mais técnicos e preparados para ser seu representante – falta trabalharmos a questão “representatividade”. 

Segundo: quando temos vereadores que estão agarrados ao poder e à sua manutenção no poder, perdem todo tempo com politicagem, passam o dia praticando “coisas partidárias”, e a consequência disso é a total ausência de comprometimento com o Município, com o coletivo, com a humildade, com a caridade, com a fraternidade, com o bom trato, com a educação, com o respeito, a ética, a moral e a dignidade.   

Terceiro: parte da população cobra situações que fogem das atribuições dos vereadores, querem obras e benefícios pessoais, querem resultados imediatos que não chegam, ora, o vereador tem duas importantes funções: legislar e fiscalizar – quem nunca ouviu precisa ouvir: “vereador não faz obras”. 

Quarto: se parte dos vereadores não possui técnicas como gestão pública jurídica e a contábil, como a população quer cobrar resultados desconhecidos?

Nossa conclusão não pode ser outra senão pela necessidade urgente de mudança do eleitor e de quem é eleito, a responsabilidade de uma Câmara Municipal melhor é de ambos, senão continuaremos tendo resultados insatisfatórios. 

Eduardo Augusto Silva Teixeira - Advogado   

Presidente da Associação dos Advogados do Centro-Oeste (AACO).

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