Deus Caritas Est

Augusto Fidelis

 

Os adeptos da Teologia Crítica, enganosamente chamada de Teologia da Libertação, incluindo o papa, bispos, padres e leigos, cada vez mais dão ênfase ao discurso de que Deus nos ama a todos, independentemente do que façamos: o bem ou o mal. Em verdade, Deus faz chover e permite que o sol brilhe para todos, sejam bons ou maus, mas não porque merecem, mas porque precisam. No entanto, segundo as Sagradas Escrituras, a salvação não é para todos.

No Salmo nº 5, o salmista é muito claro: “Não sois um Deus a quem agrade a iniquidade, não pode o mau morar convosco, nem os ímpios poderão permanecer perante os vossos olhos”. Já no Salmo nº 14, o salmista pergunta ao Eterno: “Senhor, quem morará em vossa casa em vosso monte santo habitará?”  E o Altíssimo responde: “É aquele que caminha sem pecado e pratica a justiça fielmente; que pensa a verdade em seu íntimo e não solta em calúnia sua língua; que em nada prejudica seu irmão, nem cobre de insultos seu vizinho; que não dá valor algum ao homem ímpio, mas honra os que respeitam o Senhor; que sustenta o que jurou mesmo com dano; não empresta seu dinheiro com usura e nem se deixar subornar contra o inocente.”

João, o evangelista, disse que ninguém nunca viu o Pai, mas que ele nos deu a conhecer por meio de Jesus Cristo. Jesus, por sua vez, esclareceu que os sãos não precisam de médico, mas os doentes. Por isso aproximava dos pecadores, os acolhia, perdoava os seus pecados, mas com uma condição: “Vai e não peque mais!”. A salvação nos é concedida pela graça de Deus, mas temos de fazer a nossa parte. Segundo Tiago apóstolo (2,14-26), a fé sem obras é morta. As duas coisas têm de estar alinhadas: amar a Deus sobre todas as coisas, respeitando o seu Santo Nome e, ao mesmo tempo, atento à necessidade dos mais desprovidos.

Na atualidade, vemos o crescimento do desrespeito, da maldade, da crueldade contra os inocentes em toda a pirâmide social. As leis cada vez mais frouxas, a Justiça condescendente com os marginais e a sociedade letárgica, porém permissiva. Coisas que comprovadamente não tem cabimento, tornam-se comuns e aplaudidas. Aqueles que desaprovam são imediatamente atacados pelos transviados e, com medo, retraem-se os que desejam ver o mundo na rota correta.

Há no momento uma epidemia de problema de coluna, que não se limita aos idosos. Enquanto isso, torna-se cada vez difícil conseguir um cuidador. A mão de obra está desaparecendo, sugada pelas drogas e pelo álcool. É considerável o número de pessoas deitadas nas calçadas à espera da caridade alheia ou da oportunidade de praticar furtos e roubos. Se recusam a ganhar o pão com dignidade. Daí vem uma pergunta: nesta Babel todos serão salvos? Bem, pela graça de Deus, que tenhamos um Feliz Ano Novo!

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