Deslanchou

Preto no Branco

Após anos de espera, promessas políticas e mudanças de rota, o gasoduto finalmente tem um projeto atual, recém-saído do forno e vai operar beneficiando diversas cidades, desde Betim até Divinópolis. Sonho de consumo de muitos empresários devido à economia e facilidade na chegada do gás industrial, foi também desejado por políticos, pois nada melhor do que ter seus nomes ligados à importante conquista do Oeste Mineiro. No entanto, desta vez, conforme informações obtidas pela coluna, é o prefeito de Carmo da Cajuru, Edson Vilela (PSB), que está bem na fita. Foi ele quem liderou o movimento desde 2019 por meio da Agência de Desenvolvimento do Pará, com apoio de Carlos Eduardo Orsini, ex-Gasmig, que abraçou a causa. Quanto ao projeto antigo debatido em 2014/2015, incluindo o Alto Paranaíba e o Triângulo Mineiro, morreu. 

Divinópolis  

O gasoduto atual vem da Bacia de Campos no Rio de Janeiro e atende a Zona da Mata, nos municípios de Juiz de Fora e Barbacena. Além disso, passa pelo Vale do Aço, tendo como a última cidade Belo Oriente, chegando a Betim, onde abastece a empresa de fundição Tekcid, maior fabricante de peças para a Fiat. Agora, a Gasmig fará chegar até Divinópolis a tão esperada ligação para fornecer três tipos de gás.  Vale ressaltar que a aprovação do novo marco regulatório aprovado no ano passado foi crucial para que o projeto fosse implementado. Os recursos investidos serão próprios da Gasmig e parte vem do acordo feito entre o Estado e a mineradora Vale referente ao desastre de Brumadinho. Dinheiro que, aliás, tem feito milagres. 

Percurso 

Outros municípios, como Itaúna e Carmo do Cajuru, serão contemplados. O gasoduto principal não entra na zona urbana dos municípios, por isso a distribuição será feita por meio de estações. Já adianto que em Divinópolis serão duas e a linha vai até Ermida. Além disso, será em linha reta para diminuir custos. Outra notícia boa é que não será distribuído somente o gás industrial, terá também o de cozinha e o veicular. Um ponto a ser destacado é a economia gerada. Mas não para por aí. Ficou curioso? Como este PB tem limites de espaço, o Agora trará ainda nesta semana, com exclusividade, todos os detalhes deste projeto que promete mudar a realidade econômica da região. Mas não poderia deixar de adiantar para nosso querido leitor/internauta a confirmação desta conquista. Fiquem de olho. 

No interior

E por falar em governos e política, falta pouco mais de um ano para as eleições e a disputa já movimenta o cenário desde o início de 2021. Em se tratando do governo de Minas, a briga promete. Devem sair pelo menos quatro candidatos de peso, incluindo o atual chefe do Executivo estadual, Romeu Zema (Novo), que, segundo pesquisa DataTempo/CP2 realizada, conta com a força no interior do estado para sair na frente na luta pela reeleição. No levantamento exclusivo que começa a ser divulgado hoje, o governador lidera em todas as regiões, com exceção da metropolitana de BH – entorno da capital que, certamente, é adepto do prefeito Alexandre Kalil (PSD), possível forte concorrente de Zema e segundo colocado na pesquisa de O Tempo. Caso se concretizem essas duas candidaturas, a batalha promete, visto que ela já começou e faz tempo. 

Vantagem 

Os números colhidos entre os dias 17 e 20 de julho apontam que o governador teria hoje mais do que o dobro das intenções de voto em relação ao prefeito. Em uma pesquisa que incluiu 12 pré-candidatos, o governador aparece com 46,2%, Kalil registra 18,8%. Na terceira posição, bem longe, está o deputado federal Reginaldo Lopes (PT), que soma 3,5%, empatado tecnicamente com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), que aparece com 3% das intenções de voto. Como tem muita água ainda para passar debaixo da ponte – isso, é claro, se o ano for bom de chuva – daqui até lá, tendo enchentes ou não, muita coisa pode mudar. 

Saia justa 

O pior é que para chegar ao comando da Câmara Federal, Rodrigo Pacheco fez um acordo com o PSD de Kalil. Nos bastidores da política mineira, comenta-se que uma das condições para o apoio seria que Pacheco desistisse da candidatura rumo à Cidade Administrativa. Assim, ele tem sido apontado como alternativa do próprio PSD para a Presidência da República. Todavia, uma disputa ao Governo do Estado não está totalmente descartada. E, em se tratando de política, onde decisões tomadas na madrugada fazem uma pessoa dormir candidata e acordar tirada à força da disputa, tudo pode acontecer. 

 

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