Desafios que não param

Preto no Branco

Mais do que concluir, é preciso fazer funcionar. Esse é o principal desafio apontado pelo pré-candidato a governador de Minas Gerais Alexandre Kalil (PSD) para o Hospital Regional em Divinópolis. Com o dinheiro já assegurado, a conclusão da obra – iniciada em 2010 e paralisada em 2016 – é questão de burocracia e tempo. No entanto, a operação pode ser um pouco mais complicada. Além de concluir, é preciso abrir. E, para abrir, é preciso funcionar. Desde insumos básicos até os equipamentos mais complexos. Com isso, o problema não é apenas terminar a obra, mas garantir o custeio. Para isso, conforme anunciado anteriormente, o Estado promove um estudo para, primeiro, saber o perfil assistencial necessário da região. O próximo passo, consequentemente, é a definição do modelo de realização. No passado, já foram considerados, por exemplo, consórcios de saúde e outras estratégias.  

E o resto?

Enquanto o Hospital Regional segue sem previsão para entrar em funcionamento, Divinópolis aguarda a definição de uma nova gestão para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A nova entidade, definida por meio de licitação, pode ser anunciada nesta semana. Com a escolha, a transição terá início. O Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social (IBDS) segue à frente da unidade em caráter temporário, desde a rescisão do contrato no ano passado. A expectativa é a mesma de quando o IBDS assumiu a gestão da Santa Casa de Formiga: novos ares e melhora no atendimento. No entanto, lideranças políticas já expressaram que a superlotação ou a administração da UPA não é a essência do problema na saúde, mas, sim, sua consequência. Entre eles está a falta de leitos para pacientes por exemplo de cirurgias eletivas ou outros procedimentos, que aguardam na unidade a espera de uma transferência. Problema esse que poderia ser minimizado com a abertura dos quase 200 de UTI no HR. Outra questão apontada como ponto de carência na cidade é a atenção primária. Com postos sem médicos, cidadãos com sintomas leves acabam procurando a UPA para diagnósticos que deveriam ser feitos na unidade de saúde local. A saúde funciona em rede, dos casos mais leves, tratados no próprio bairro, até as ocorrências de alta complexidade. Quando uma parte deixa a desejar, todo o sistema é sobrecarregado. A administração da UPA pode até melhorar, mas é preciso mais. 

Semanas decisivas

Na política, iniciam-se dias decisivos. A partir de amanhã, até 5 de agosto, os partidos devem realizar suas conversas para oficializar as candidaturas para este ano. Para alguns, apenas uma confirmação burocrática. Para outros, aqueles que caminham na corda bamba do termômetro eleitoral, momento decisivo de definição não apenas do nome, mas também do cargo a ser disputado. Enquanto os candidatos não são oficializados, você pode acompanhar, nas redes sociais do Agora, o quadro “Bate papo com os pré-candidatos”. Nesta semana, os entrevistados são Luciana Santos (PSD), Thay Araújo (PT) e Eduardo Azevedo (PSC). A conversa vai ao ar toda terça, quinta e sexta, às 19h30. 

Cidade grande, representatividade pequena

Com quase 170 mil eleitores, o consenso parece um: Divinópolis precisa de mais representatividade. A cidade pode se mostrar capaz, neste ano, de aumentar sua força política na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no Congresso e até mesmo no Senado, caso o PSC confirme o deputado estadual Cleitinho na disputa. Assim, o Município teria à disposição mais recursos financeiros para investimentos em infraestrutura, bem como força política para reivindicar e articular demandas de interesse da cidade.

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