Dengue: 1° LIRAa do ano classifica Divinópolis com alto risco de epidemia

Dados do primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2024, realizado no período de 8 a 11 de janeiro, apontam Divinópolis com "alto risco de epidemia" de dengue, conforme os parâmetros do Ministério da Saúde. A pesquisa foi feita em 168 bairros, com 6.070 imóveis vistoriados. O índice de infestação médio do município resultou em 8,3%.

O 1º LIRAa demonstrou que 91% dos focos foram encontrados em residências e 9% em lotes vagos. Dos reservatórios predominantes, 39,6% dos focos estavam em recipientes passíveis de remoção (plásticos, latas, garrafas e pneus); 38,7% em depósitos móveis (bebedouros de animais, pratos e vasos de plantas); 9,2% em locais de armazenamento de água para consumo humano (caixa d’água, tanques, poços, tambores e manilhas); 11,7% em depósitos fixos (ralos, caixa de passagem, sanitários em desuso e fonte ornamentais) e 0,8% em depósitos naturais (bromélias e ocos de árvores).

De acordo com o parâmetro técnico do Ministério da Saúde, índice de infestação entre 0 e 0,9% é considerado baixo risco de epidemia. Entre 1 e 3,9% médio risco, situação de alerta. Acima de 4% possui alto risco de epidemia.
 
Os dados epidemiológicos do município até 19 de janeiro de 2024 são de 383 notificações de dengue, desses, 259 foram confirmados e 5 foram notificados de Chikungunya. Um caso foi confirmado.

O supervisor da Vigilância em Saúde Ambiental, Juliano Cunha, comentou os resultados.

— Mais uma vez, o LIRAa mostra que a maioria dos focos continua nas residências. A população precisa aderir, como prática rotineira, o combate à dengue. É essencial que cada munícipe vistorie seu quintal, no mínimo uma vez por semana, recolhendo recipientes que possam acumular água, eliminar água armazenada, retirar pratos dos vasos de planta e acondicionar pneus e garrafas em locais cobertos. Os agentes de saúde não conseguem sozinhos sem o apoio da população — destacou 

Para ter um maior controle com os focos de dengue, todos podem colaborar:

- Observe o foco dos reservatórios do aedes Aegypti como recipientes plásticos, latas, bebedouros de animais, pratos e vasos de plantas, dentre outros, dentro dos imóveis e quintais.

- Tenha cuidado redobrado no período chuvoso.
- Não deixe água parada em garrafas, pratos e locais que causam acúmulo de líquidos
- Limpe e tampe caixas d’água
- Coloque areia nos pratinhos de vasos de plantas

A Semusa ressalta ainda que, na presença de algum sintoma da doença, procure atendimento em um estabelecimento de saúde para orientações e não faça uso de medicamentos sem prescrição. Para notificar e denunciar sobre os locais que possuem focos e reservatório do mosquito, basta ligar no número (37) 3229-6823

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