Delegado é indiciado pela morte de escrivã da Polícia Civil
Rafaela Drumont tirou a própria vida e relatou assédio em áudios; investigador escapou, mas o MP pode processá-lo
Da Redação
A Polícia Civil (PC) concluiu o inquérito sobre a morte da escrivã da corporação, Rafaela Drumont. O delegado Itamar Cláudio Netto, chefe imediato de Rafaela na delegacia de Carandaí, onde atuavam, foi indiciado. A acusação é de crime de condescendência criminosa, ou seja, quando o responsável por repartição pública deixa de aplicar a punição legal para a infração de um funcionário ou deixa de levar a situação à autoridade competente.
No entanto, a acusação de injúria contra o investigador Celso Trindade de Andrade foi perdido o prazo para entrar com a ação, assim, o processo penal não deve ter seguimento. Isso acontece porque crimes contra a honra, como injúria, calúnia e difamação, têm um prazo de seis meses para que alguém dê entrada no processo. Situação corriqueira na Justiça do Brasil. Neste caso, as ocorrências em Carandaí aconteceram entre o final de 2022 e o início de 2023.
Relembre o caso
Rafaela Drumond, tinha 31 anos, quando foi encontrada morta pelos pais no dia 9 de junho, na casa da família em um distrito de Antônio Carlos, no Campo das Vertentes.
O caso foi registrado pela Polícia Civil como suicídio. O Sindicato dos Escrivães da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindep-MG) revelou à época afirma que a escrivã já havia denunciado assédio moral e sexual no trabalho, além de pressão e sobrecarga.