Debaixo do nariz

Debaixo do nariz 

Realmente tem coisa que não dá para entender. Os vereadores em Divinópolis criticam isso, aquilo, aquilo outro que necessita de reparos. Correm atrás da Prefeitura para arrumar ruas, calçadas e outros itens que fazem parte do cenário urbano. Mas tem um em especial que está bem debaixo dos seus narizes e nenhum vê: o suporte e o entorno onde fica o busto do ex-prefeito Jovelino Rabelo, bem em frente à Câmara. Dada a importância deste nome para o desenvolvimento do município e o atual estado de detonação, todo queimado, é uma vergonha. O outro, de Tancredo Neves, que ficava mais abaixo, também na rua São Paulo, foi retirado para a reforma da via e segue guardado na Casa.  Em frente à Catedral, a estátua de Dom Cristiano não dispensa reparos. Já na da rotatória da mesma praça, a estátua de Sebastião Gomes Guimarães anda mais em dia, mas porque todo ano, no aniversário de Divinópolis, é onde são hasteadas as bandeiras. Mas, também, o que esperar de uma cidade que logo em uma entrada importante em direção ao miolo central tem uma estátua que, em vez dos braços abertos dando as boas-vindas, segura nas partes íntimas? Virada para o Norte, por que não apontar para região em um gesto altaneiro, como destaque merecido ao homem que transformou o município?

Mais sensível 

O cenário atual da covid é favorávelo que não significa desleixo por parte da população –, o que possibilitou a desativação de 48 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 82 de enfermaria em alguns municípios da macrorregião, incluindo Divinópolis. Ao todo, são oito de UTI e dez de enfermagem, todos no Complexo de Saúde São João de Deus. Na UPA, por se tratar de uma questão mais sensível – porque se fechar não tem como abrir novamente um hospital de campanha –, não haverá mudanças. A Regional de Saúde em Divinópolis reforça que o Comitê Macrorregional Oeste avalia o cenário epidemiológico toda semana, o que significa que novas mudanças podem ser adotadas, se for o caso. Os leitos foram direcionados para atendimentos a outras clínicas, visto que, com a demanda crescente da covid-19, eram usados só para este fim.  Feito de forma eficiente e segura, esse é o caminho de agora para frente, mas com duas condições: a vacina chegar para todo mundo e a população fazer sua parte.  

Final Feliz

Foi coincidência. É o que garante o cerimonial à frente do projeto "Final Feliz - Reconstruindo Dignidade" sobre cirurgia de mama para mulheres com câncer, agendado para amanhã, às 14h, no pátio do São João de Deus. Os maldosos de plantão andaram afirmando por aí que se esperou a superintendente do hospital, Elis Regina, tirar dez dias para definir seu futuro na gestão da unidade de saúde para organizar o evento. Na verdade, estava agendado há mais de 20 dias. Isso porque tem gente jurando nos bastidores que tem duas pessoas que fazem parte do governo Gleidson Azevedo (PSC) articulando para uma delas assumir o cargo ‒ o que foi prontamente desmentido, é claro, quando perguntado pela coluna, a pessoas próximas a eles. Obviamente, não iriam admitir. Mas a questão não é essa. Quem tem um pouco de entendimento e vem acompanhando os perrengues do hospital, sabe muito bem que não é assim que funciona. Não basta querer e pronto!

‘Tem que ficar mesmo’

Aliás, o assunto Elis tem rendido na Câmara. O último foi o pedido de demissão da gestora comentado por alguns vereadores e duramente criticado por Hilton de Aguiar (MDB). Ele já havia acusado, na semana passada, o secretário de Saúde, Alan Rodrigo, e o diretor de Regulação, Érico Souki, de perseguição à superintendente do hospital.  Citou o movimento #FicaElis e esbravejou: “tem que ficar mesmo”. Disse que “o que estão fazendo é covardia”. Por outro lado, vereadores como Eduardo Azevedo (PSC) e Roger Viegas (Republicanos) fizeram pronunciamentos opostos e defendem uma investigação rígida. E estão certíssimos.  Cada um vê de uma forma, tem liberdade para falar o que pensa e a democracia está aí para isso. É por isso que são vários vereadores, não faria sentido se todos agissem da mesma forma. 

Não deu 

Melhor elenco do Brasil, líder com folga no Campeonato Brasileiro, melhores jogadores em atuação no país.  Situações que colocavam o Atlético como favorito diante do Palmeiras na segunda partida pela semifinal da Copa Libertadores, além de jogar em casa com público. Tudo nos conformes para chegar à final. No entanto, nem sempre atributos como esses, em qualquer situação da vida, são suficientes para se tornar um vencedor. É preciso muito mais: cabeça no lugar e, principalmente, pés no chão. Nem sempre o melhor vence, sem fazer por merecer. Fica a lição! 



 

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