De volta

Preto no Branco

De volta

As reuniões ordinárias, paralisadas por quase um mês, retornam na próxima terça-feira, 3. Quando os vereadores voltarem, projetos, indicações, requerimentos e outros documentos paralisados serão lidos e deve ser dado início aos seus trâmites. Ao menos três questões aguardam decisões. A primeira delas é definir como será a continuidade da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Os parlamentares rejeitaram o requerimento de dois dos três membros da comissão que estabeleciam o encerramento da CPI por erros técnicos e jurídicos em sua abertura. Assim, a comissão permanece ativa. No entanto, pode haver mudança em sua composição para o prosseguimento dos trabalhos. A ver. 

Impeachment nas mãos, pés na areia

As outras duas questões dizem respeito ao conturbado relacionamento entre o prefeito Gleidson Azevedo (PSC) e os servidores municipais. O primeiro tópico é a denúncia protocolada na Câmara pelo Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Oeste (Sintram). O documento solicita a investigação de possíveis crimes do chefe do Executivo durante sua abordagem a um agente de trânsito. Uma das sugestões é a instauração de uma Comissão Especial. O segundo documento a ser analisado é o ainda não protocolado ‒ mas já anunciado ‒ pedido de impeachment de Gleidson. Segundo o sindicato, a negação do reajuste salarial e o descumprimento da lei do gatilho configuram crime de improbidade administrativa. Com isso, os parlamentares devem ter trabalho pela frente para lidar com os casos, que podem servir para tirar alguns edis do muro e testar a força do governo no Legislativo. O prefeito não se vê ameaçado: “Estou tão preocupado que vou para praia amanhã”, brincou. 

Números e números

Julho é o segundo mês com menos mortes neste ano, com 39 registros até esta terça-feira, 27. A média diária de internações em enfermaria também foi a segunda menor. Em CTI, a média é a terceira menor, atrás apenas de janeiro e fevereiro ‒ as médias de 108, 96 e 95 nos últimos três meses caíram para 62. O número de casos confirmados, no entanto, é o terceiro maior deste ano, com 2.223 confirmações e a segunda maior média diária ‒ confirmando a eficácia da vacinação e que a doença ainda não foi embora. Os casos suspeitos notificados, que em junho chegaram a 12.580, caíram para 6.780.

Agora vem?

A redução de parte dos indicadores reflete na evolução de onda pela qual Divinópolis vem passando. Com a queda dos índices, a cidade já se enquadra nos critérios para avançar para o último estágio de flexibilização. O Comitê de Enfrentamento à Covid, no entanto, tem optado pela precaução. No ano passado, por exemplo, o município chegou à onda verde, no entanto, dias depois, precisou retornar devido à nova piora do cenário. Agora, espera-se que, ao avançar, consiga-se a estabilização dos números e a permanência na verde. Como é tradicional, a decisão sobre a permanência ou o avanço deve ser discutida e definida amanhã.

Medalhas que valem ouro

Com cinco medalhas (um ouro, duas pratas e dois bronzes) em quatro dias, o Brasil teve o melhor início de sua história nas Olimpíadas. Além do espetáculo sobre rodas e pranchas, o país ainda tem caminho pela frente e pode celebrar novas conquistas, como no vôlei e no futebol. Para os atletas, que sofrem por falta de infraestrutura, apoio financeiro e emocional, a participação já é uma conquista e todas as medalhas valem ouro. Se deixamos de ser o país do futebol após a derrota por 7 a 1 para a Alemanha, em 2014, o Brasil parece ter um futuro promissor em diversas outras modalidades. E não há nada a se lamentar. Que nos tornemos o país do esporte, e não apenas do futebol! 

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