CSSJD defende profissionais e rebate acusações de biomética

Em prisão domiciliar, a biomédica Lorena Marcondes voltou a usar suas redes sociais. Em uma das publicações, ela acusa, sem provas, o Complexo de Saúde São João de Deus (CSSJD) de não prestar os devidos cuidados à paciente, que, após complicações durante procedimento estético na clínica da biomédica, chegou em estado grave ao hospital.  

- (...) ela passou na mão de vários outros profissionais e faleceu nos cuidados deles, médicos, vizinhos do prédio, Samu e no São João! E a culpada sou eu? (...) Eu não posso assumir a responsabilidade de algo que não ocorreu na minha clínica (...) pois ela não recebeu os devidos cuidados no hospital, local que ela veio a óbito - publicou. 

Em nota divulgada no início da noite desta quinta-feira, 25, o CSSJD rebateu a insinuação através de sua assessoria jurídica. No texto, o complexo hospitalar reforça a confiança no qualificado trabalho de seus profissionais, destacando todos os esforços realizados na tentativa de salvar a vida da paciente, que chegou à Sala Vermelha já em estado crítico de saúde. 

- Reforçamos veementemente que os médicos responsáveis pelo atendimento da paciente no Complexo de Saúde São João de Deus agiram de acordo com os mais altos padrões éticos e profissionais, utilizando todos os recursos e conhecimentos disponíveis para tentar reverter o quadro clínico extremamente delicado apresentado pela paciente.

Além disso, o CSSJD ressaltou que a "a referida biomédica não possui formação médica e, portanto, não está habilitada a realizar procedimentos médicos invasivos ou quaisquer outros que envolvam riscos significativos à saúde dos pacientes". 

Confira a nota na íntegra:

A FUNDAÇÃO GERALDO CORRÊA – COMPLEXO DE SAÚDE SÃO JOÃO DE DEUS, inscrita no CNPJ sob o n.º 20.146.064/0001-02, estabelecida à Rua Cobre, n.º 800, Bairro Niterói, Divinópolis/MG, vem, respeitosamente, através desta nota de esclarecimento expressar profundo repúdio às alegações infundadas feitas pela Biomédica Lorena Marcondes em suas redes sociais, atribuindo a responsabilidade do falecimento da paciente Íris Dorotea Nascimento Martins aos médicos do Complexo de Saúde São João de Deus, tentando se eximir de sua responsabilidade com a paciente.

Esclarecemos que, há a informação de que a paciente foi submetida a um procedimento estético de lipoescultura + enxertia de gordura em região glútea realizado pela Biomédica em seu próprio consultório, localizado na Rua São Paulo, no centro da cidade de Divinópolis. Durante o procedimento, a paciente apresentou uma parada cardiorrespiratória, sendo socorrida inicialmente por um médico cardiologista que possui um consultório no mesmo prédio da Biomédica, até a chegada do SAMU.

É importante ressaltar que a referida Biomédica não possui formação médica e, portanto, não está habilitada a realizar procedimentos médicos invasivos ou quaisquer outros que envolvam riscos significativos à saúde dos pacientes.

Em decorrência deste fato, a paciente chegou nas dependências do Complexo de Saúde São João de Deus através do SAMU e foi recebida pelo Corpo Clínico em estado crítico, evidenciado pela instabilidade hemodinâmica, já em uso de Noradrenalina, entubada e sob ventilação mecânica assistida, com pupilas midriáticas não reativas, configurando assim, um avançado estado de deterioração do sistema nervoso central, devido ao tempo decorrido de sua parada cardíaca, ocorrida no consultório da referida Biomédica. Assim, foi exigida intervenção imediata da equipe médica, tendo a paciente sido encaminhada diretamente para a Sala Vermelha do Hospital. No entanto, devido à gravidade do quadro clínico apresentado, lamentavelmente, a paciente veio a óbito, mesmo com os esforços incansáveis da equipe médica para salvá-la.

Ademais, tratando-se de causa externa e desconhecida, após o óbito, o corpo foi encaminhado para o IML para as devidas providências e investigações relacionadas à causa da morte.

Reforçamos veementemente que os médicos responsáveis pelo atendimento da paciente no Complexo de Saúde São João de Deus agiram de acordo com os mais altos padrões éticos e profissionais, utilizando todos os recursos e conhecimentos disponíveis para tentar reverter o quadro clínico extremamente delicado apresentado pela paciente.

Desta forma, a morte da paciente está atrelada ao procedimento estético invasivo, visto que ela sofreu uma parada cardiorrespiratória durante o procedimento conduzido pela Biomédica.

Por fim, o Complexo de Saúde São João de Deus manifesta total apoio à equipe médica que, mesmo diante de uma situação extremamente desafiadora, desempenhou seu trabalho de forma diligente e profissional, prestando toda a assistência possível à paciente.

O CSSJD reforça o seu compromisso com a saúde e o bem-estar dos pacientes, com a integridade e ética médica, e rejeitamos veementemente qualquer tentativa maliciosa de distorção dos fatos para atribuir uma falsa responsabilidade para médicos e profissionais de saúde que atuaram com retidão e dedicação.

Assessoria Jurídica

 

 

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