Consumo nos lares mineiros recua 4,4%

Região Centro-Oeste foi uma das mais impactadas com queda de 4, 81% em maio

 Da Redação 

Mediante às altas em itens de primeira necessidade, especialmente no que tange a alimentação, o consumo das famílias apresenta queda gradativa. Aumentos como a do leite, ovos, óleo, carnes, feijão e outros têm afetado diretamente o consumidor mineiro. Assim apurou  o Índice de Consumo dos Lares Mineiros, pesquisa da Associação Mineira de Supermercados (Amis), que mede a variação do consumo no setor em todo o estado, que apontou queda média de -4,40% em maio frente a abril.

Ante o mesmo mês do ano passado, a demanda cresceu 7,18%. Com isso, o acumulado do Índice de Consumo no ano, de janeiro a maio, chega a 7,64%. Os números estão deflacionados pelo Índice de preços no consumidor (IPCA) medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para o presidente-executivo da AMIS, Antônio Claret Nametala, a variação negativa em maio sobre abril já era esperada, principalmente, pelo calendário e efeitos sazonais.

— A demanda ocasionada pela tradição da Semana Santa, incluindo a Páscoa, elevou a base da comparação do mês de abril. Daí a queda em maio, o que é absolutamente normal quando há esse comparativo — afirma Claret.

Considerando o calendário, ele cita ainda a ocorrência de cinco sextas-feiras e cinco sábados em abril e só quatro em maio.

— Tradicionalmente, é o período da semana de maior demanda e essa diferença no número de dias traz um impacto negativo considerável — explica.

Custos altos

Apesar da melhora na procura nos primeiros cinco meses, o presidente-executivo da Amis alerta para os cuidados quanto aos altos custos.

— Os supermercados, assim como os consumidores, têm sido muito pressionados pelos custos de produtos e de operação. É preciso atenção contínua para conter gastos mais elevados — lembra o executivo.

 Regiões

A queda no Índice de Consumo em maio foi verificada em todas as regiões. No entanto, nenhuma alteração significativa em relação à média estadual. A mais impactada foi o Triângulo/Alto Paranaíba (-5,15%), praticamente igual à Norte/Noroeste, com o segundo maior resultado negativo: -5,12%. Já a região Centro - Oeste, vem logo a seguir com queda de - 4,81%.  O Sul teve a menor retração, com – 4,08%, em sequência vem a Central, com – 4,09%. 

— Não somente o consumidor tem sentido as altas de determinados itens, mas nós da linha de frente também. E para oferecer o melhor em qualidade e preços estamos oferecendo um maior mix de produtos possíveis — afirma o gerente de loja de rede, Walter Wagner. 

 

 

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