Consumo cai nos postos de gasolina

Nos últimos 20 dias, valor médio do litro da gasolina teve um aumento de 4,91%

Da Redação

Depois de nove reajustes nos preços da gasolina, somente neste ano, e com o litro chegando à casa dos R$ 7,00, muitos consumidores estão pensando duas vezes antes de tirar o carro da garagem. Segundo levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), na última semana, o preço médio da gasolina comum no estado é de R$ 6,18, e o máximo, R$ 6,75. Em Divinópolis o custo médio está em R$ 6,19, e o máximo gira na casa dos R$ 6,29. Na cidade, nos últimos 20 dias, o valor médio do litro da gasolina comum subiu de R$ 5,90 para R$ 6,19, um aumento de 4,91%.

Mercado

A disparada dos preços da gasolina não tem perspectiva de parar e, com isso, o consumidor tenta de qualquer forma economizar no que for possível mediante custos tão elevados.

E as mudanças já são sentidas na ponta da bomba de gasolina.

— Nossas vendas caíram consideravelmente. Em alguns postos, a venda que era por exemplo da completa do tanque, hoje, colocam R$ 20 ou R$ 30 por semana. Isso significa uma queda de 15 a 20%, sendo que essa porcentagem vai depender do público e da cidade, pois temos 21 pontos de vendas espalhados por toda a região Centro-Oeste. Aqui em Divinópolis, a queda gira em torno dos 10%. E a tendência do preço da gasolina é de aumentos drásticos pela instabilidade nas distribuidoras — avalia o assessor de Projetos da maior distribuidora de combustível da região Centro-Oeste, Luiz Otávio Santos.

Para o gerente de outro ponto de venda de combustível, Gerson Santos, o consumidor está mais seguro na hora de mandar encher o tanque.

— Hoje em dia está mais raro o frentista ouvir a frase “completa o tanque” — definiu.  

Consumidor

Depois de tantos reajustes, o empresário do ramo de confecções Carlos Alves resolveu economizar e, ao mesmo tempo, cuidar de sua saúde.

— Antes eu ia para o trabalho de carro. Agora vou e volto a pé, andando de cinco a seis quilômetros por dia. Assim, economizei combustível e também a academia. Carro só em casos especiais, nos fins de semana, ou para viagens — disse o empresário. 

Para o motorista de aplicativo Alexandre Carvalho as coisas não estão tão boas como no começo.

— Com os constantes aumentos dos combustíveis, nos vemos numa situação delicada, pois as concessionárias dos aplicativos não repassam os aumentos para a gente. Ganhamos o mesmo percentual desde que entramos e, enquanto isso, a gasolina só sobe nas bombas — avalia Alexandre.

Já para o corretor de seguros Walmir Lopes, o preço da gasolina pode “subir à vontade”.

— Não ligo, não, pode subir a vontade, pois só coloco R$ 40 por semana. Brincadeiras à parte, essa escalada nos preços dos combustíveis vem em efeito cascata e repercute não só na bomba de gasolina, mas principalmente nas gôndolas dos supermercados. É preocupante a situação, tanto é que só uso meu veículo para viagens, em Divinópolis uso aplicativos ou vou a pé mesmo, se for perto — detalhou o profissional de corretagem.

Foto

Divulgação

Consumidores estão optando por deixar carro na garagem

 

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