Consumidor já sente no bolso o aumento do gás

Alta chega a R$ 20 em alguns estabelecimentos

 

 

Da Redação

O consumidor será obrigado a arcar com mais despesas neste início de ano. Depois do IPVA, material escolar, IPTU e matrículas, agora vêm em um único pacote os aumentos dos combustíveis e do gás de cozinha. E segundo a Petrobras, o aumento se deve à disparada do barril do petróleo diante do conflito entre a Rússia e Ucrânia, pois a política de preços aplicada nos últimos anos é a de seguir o mercado internacional.

 

Preços

Depois do aumento de 16% anunciado pela Petrobras, que entrou em vigor na última sexta-feira, o botijão de gás, de 13 quilos,  está sendo comercializado em Divinópolis com preços até R$ 125, retirado direto do depósito. O valor médio, levantado pela reportagem em sete estabelecimentos, ficou em R$ 110, também retirado no depósito. Em se tratando de compra direto no caminhão, o custo varia entre R$ 120 e R$ 125.

— Eu realizo compras semanais, devido ao meu segmento ser de restaurante e, por isso, ter um gasto mais elevado. Recebo toda quarta-feira e, na semana passada, comprei a R$ 95, mas devido ao aumento, já estou negociando com meu fornecedor qual será o preço daqui para frente. Mesmo sendo fidelizado, faço minhas pesquisas para me situar em relação ao mercado, que é livre em relação aos preços — avaliou o empresário Rolando Meneses.

Já para a dona de casa Ebi Vasconcelos, o jeito vai ser economizar utilizando o fogão a lenha.

 

— No nosso quintal, temos um fogão a lenha, que estava meio que deixado de lado. Agora o jeito vai ser reativá-lo, pois, com o preço que está o gás, temos que nos virar para economizar — disse. 

Outro que já vinha se utilizando dessa artimanha, mesmo antes do último aumento, é o produtor cultural e professor de inglês Otávio Paiva.

— Como moramos em um sítio, há muito tempo optamos por utilizar mais o nosso velho forno a lenha. E agora ainda mais, pois, com esses aumentos de preço, temos que ter saídas. Nada melhor que uma comida toda feita no fogão a lenha — relatou o professor. 

 

Pesquisa

A pesquisa continua sendo a arma mais forte do consumidor. Sendo assim, a reportagem, em contato com revendas do produto, procurou saber qual seria a estratégia de vendas aplicada.

— Estamos seguindo o que nos foi passado pelas distribuidoras. Mas temos uma margem para negociar, principalmente se a compra for maior — relatou a funcionária de uma distribuidora de gás, Maria Alice Dias. 

 

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