Concentração e pesquisa

Concentração e pesquisa 

 Uma das principais datas do calendário eleitoral de 2022 terminou na última sexta-feira. A chamada “janela partidária” ocorre em todo ano eleitoral e nada mais é do que um prazo de 30 dias para que políticos que ocupam cargos possam mudar de legenda preservando o cargo atual. Em Divinópolis, Cleitinho Azevedo, Domingos Sávio, Lohanna França e Fabiano Tolentino trocaram de partido para disputar o pleito sem perder o mandato por infidelidade partidária – exceto no caso de Tolentino. Essa é a primeira etapa das Eleições 2022 finalizada. A partir de amanhã fica vedado conceder revisão geral da remuneração dos servidores públicos que exceda a recomposição da perda de seu poder aquisitivo ao longo do ano da eleição, até a posse dos eleitos, que será no dia 1º de janeiro de 2023. Até o dia 2 de outubro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgará as regras para que os candidatos possam participar do pleito, e todo esse processo, apesar de ser muito complicado para a maioria dos brasileiros, é extremamente importante, pois garante que a eleição seja realizada de forma organizada e transparente. 

Talvez para a população em geral não seja possível acompanhar tudo isso, mas se tem algo que o povo brasileiro deve acompanhar atentamente são os discursos e as posturas adotadas por todos os possíveis candidatos. É bem provável que, neste ano, Divinópolis tenha um número de candidatos bem maior do que nos anos anteriores, o que na verdade pode ser bem prejudicial para a cidade. Com cerca de 164 mil eleitores, Divinópolis, que já chegou a eleger dois deputados federais e dois estaduais, mal elegeu na última disputa um federal e um estadual. A chamada “pulverização” de votos devido ao grande número de candidatos foi a responsável por isso. Muita gente não sabe, mas ter mais de um representante no Legislativo Federal e no Estadual é de sua importância para o desenvolvimento da cidade. Porém, para se alcançar esse feito, é preciso concentração e pesquisa do eleitor. É de suma importância que eles prestem bastante atenção se os candidatos, com suas atitudes, são fiéis àquilo que pregam. Afinal de contas, é como dizem por aí: “falar até papagaio fala”. 

Não é preciso ser um cientista político, muito menos um expert no assunto. Ser um pouco mais atento, pesquisar o que de fato determinado candidato fez pela cidade, caso ele esteja em algum mandato, ou o que fez, já ajuda e muito. Ideias, meios de transformá-las em realidade e ideologias também são fundamentais para fazer uma escolha acertada. Concentrar-se no cenário atual e parar de fantasiar, de buscar um herói talvez seja o que trará ao povo brasileiro uma pontinha de esperança para um amanhã melhor. É preciso muito mais do “lado de lá”, mas também é preciso mais do “lado de cá”. É chegado o tempo de se concentrar no processo para não repetir velhos e conhecidos erros.

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